A História do Carnaval na Cidade de Ponta Grossa.
O Médico Francês Jean Maurice Faivre (1795 - 1858) veio ao Brasil para atuar no Hospital Militar da Corte, e logo se tornou o médico de confiança da imperatriz Leopoldina, esposa de Dom Pedro I.
Jean Maurice Faivre.
Dr. Faivre fez o parto da princesa Thereza Cristina e tornou-se o Médico da Família Real. No ano de 1846, o médico francês Jean-Maurice Faivre, que já vivia no Brasil imperial há vinte anos, vendeu todas suas posses e usou o dinheiro que juntou para viajar à França para convidar pessoas para realizar seu sonho e fundar uma Colônia no interior do Paraná
Surpreendentemente Dr. Faivre conseguiu convencer 63 franceses a atravessarem o Atlântico e fundar a Colônia Cristina primeiro modelo de cooperativismo no Brasil, entre eles estava Maurice Caillot que vinha de uma Família de Luthier e Arte Circense. A maior parte dos franceses, porém, não se adaptou à vida no campo primeiro devido ao cerco dos índios Kaingang que habitavam a região e depois pela atuação dos Grileiros, que hostilizavam a colônia. Maximiliano Caillot foi um deles e transferiu-se para nossa região e casou-se com Maria Magdalena, tiveram três filhos: Paulo, Maximiliano e Gabriel. Além de outras atividades dedicavam-se ao circo e e a música. Gabriel um dos filhos, conheceu uma negra chamada Floripa e logo estavam apaixonados, apesar do preconceito que havia na época, os negros eram escravos alforriados ou descendentes deles, Gabriel casou-se com Floripa e foi morar na região conhecida hoje como bairro de Olarias. A família reunia amigos para Saraus com música e unindo com a tradição de sua esposa negra, o batuque da capoeira e do candomblé, religião dos negros, está mistura só podia dar samba, entre as décadas de 1940 e 1950 surgiram os primeiros blocos de carnaval criados pelos filhos de Gabriel e Floripa: Raul Caillot, Alcides e as filhas Dalva e Evanira, esses blocos cresceram e deram origem as escolas de samba. O gosto pelo samba e pelo carnaval incentivou outras famílias da Cidade que mantém a tradição de sair na avenida todos os anos. Já tivemos sete escolas de samba organizadas desfilando na avenida. Este ano, apenas três escolas de Samba sairão: A Cidade de Olarias, Ases da Vila e a Globo de Cristal, todas mantidas por descendentes dos primeiros carnavalescos.