TEXTOs PESQUISADOS DURANTE A SÉRIE
PÓS-HUMANOS
A ideia de colocar nas telas o
questionamento do que acontece com os “Seres Humanos” após a MORTE já completa
mais de uma década.
Nesta data resolvi mostrar um
pouco desta saga que mistura
aspectos históricos com mitologia e religião.
Sa Série Pós-Humanos - O Barqueiro, técnica mista sobre tela.
Mesmo se tratando de Arte, existe uma preocupação
com a Ética e a Estética, sempre presentes procurando para não melindrar este
ou aquele espectador, agradando o seu olhar crítico e lembrando que são apenas
questionamentos para reflexão e não uma imposição deste ou daquele argumento
apresentado.
A RELIGIÃO - A questão da morte tem uma ligação
muito forte com as religiões e cada uma com sua visão do Pós Humanos, algumas
ensinam que morremos e logo ressuscitamos, outras que morremos e ficamos stand
by até o dia do juízo final, alguns mais céticos acham que simplesmente acaba
tudo, já outros acham que a “energia” flui por aí, sai de nosso corpo que
entrará em decomposição em um curto espaço de tempo. Há muitas perguntas e
respostas sobre o tema, aqui fica a reflexão e mais do que achar esta resposta
mostrar que estamos Vivos e precisamos Viver intensamente pois o amanhã ninguém
sabe.
A CIÊNCIA - A última tentação humana é o desejo incontrolável de superar a
morte. Seja através de técnicas improváveis de suportes maquínicos, que em tese
poderiam amparar nossa consciência num ambiente não-orgânico que certamente
configura uma concepção obsolescente do corpo; seja preservando e adicionando a
esse mesmo corpo todo tipo de drogas, acessórios, próteses, órgãos da
bioengenharia,, mecanismos e dispositivos artificiais de toda ordem,
transformando o corpo humano numa plataforma viva a partir da qual se
constituiriam outras formas de interface e consciência que, de certa maneira,
também concebem o aparato orgânico humano como algo ‘incompleto’ e carente de
‘melhoramento’, e que também nos remetem a uma concepção de obsolescência do
que consideramos humano.
Ser
vivo é ter que morrer mais cedo ou mais tarde, pois dentro da natureza onde se
desenrolam as delicadas e complexas coreografias da vida, tais fenômenos são
imbricados e subsequentes dentro de uma ordem de complexidade que se
retroalimenta contínua e sistemicamente. Assim, o ser humano-pós-humano
perplexo diante de tamanha adversidade (a morte) passa a querer permanecer a
todo o custo e por essa razão luta por postergar e, em seus desejos egoístas
mais primordiais, não consegue se conformar à sua própria condição mortal,
rebelando-se contra o próprio sistema natural que o gerou, subjugando cada vez
mais esse mesmo sistema através da artificialidade tecnicista em busca se não
de uma imortalidade, pelo menos de sua permanência estendida ao máximo
possível. A própria técnica de clonagem animal – cuja motivação se esconde
atrás de uma pretensa servilidade funcional reabilitativa, terapêutica e
regenerativa futura, teoricamente benéfica em alguns sentidos restritos como
produzir pele para vítimas de queimaduras, por exemplo – também
disponibilizaria a clonagem como possibilidade técnica de indivíduos
replicarem-se a si mesmos por desejos descontrolados de permanência e apego a
essa existência singular, lançando um raio incidental de esperança na sombria
senda de retorno irreversível ao Uno primordial que é a morte.
Talvez,
nesse momento, seja prematuro falar de imortalidade, é verdade, mas o
prolongamento, quem sabe indeterminado da vida humana, já é uma possibilidade
bastante plausível nos horizontes de nossa civilização tecnológica de controle
e instrumentalização. Nesse sentido, o humano que sempre instrumentalizou tudo
à sua volta, agora faz de si seu próprio objeto de manipulação,
instrumentalização e controle.
Hans
Jonas quer nos dizer é que mesmo que tais práticas representem teórica e
simbolicamente avanço tecnológico para a espécie, tais avanços – se é que
poderíamos considerá-los avanços e não retrocessos – não chegariam a ser
benéficos para a coletividade humana, servindo apenas como instrumento de uma
minoria elitista e sofisticada que poderia surfar na crista da onda
bionanotecnocientíficas e pagar por suas benesses.
Aqui
recaímos numa mesma armadilha da rasa lógica capitalista de mercado:
tecnologias sempre vêm à luz amalgamadas a seus contextos e conjunturas
culturais específicas. O que vale dizer que, por serem patrocinadas por grupos
de elite (do ponto de vista da abastança material) representam,
indubitavelmente, os interesses de seus fomentadores e investidores, até porque
há que se ter muito dinheiro para fomentar tais produtos de altíssima
complexidade e altíssimo custo financeiro.
Pós-Humanos 4 5 e 6 - Técnica mista sobre tela.
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Flagelos e perspectivas de um ser
em metamorfose
Um
notável flagelo auto imposto do humano-pós-humano a si mesmo é a perda de sua
essência fundamental. Não numa concepção abstrata e representativa especular,
mas sim no sentido da perda objetiva de características tão determinantes como orgânico
e inorgânico, por exemplo, de especificidades tão intrínsecas à nossa própria
estrutura biológica e intelectiva que, ontologicamente, tornaríamos outra
espécie diferente da humana. O mesmo vale para o prolongamento indeterminado da
vida humana numa medida muito significativamente maior. Num certo sentido, esse
tipo de alteração na longevidade, muito exponencial e determinante, modifica
drasticamente o acoplamento estrutural da espécie e sua própria auto compreensão.
Além dos problemas práticos e óbvios que podemos de imediato imaginar, como
imprevistos, acidentes e descontroles, podemos antever também possíveis estratificações
sociais mais sectarizado do que são hoje, dando origem no topo da cadeia a uma
raça diferente e mais ‘elevada’ de seres por assim dizer ‘melhorados e
superiores’, ‘mais aptos’, em contraste gritante e absoluto com os
‘não-melhorados’, ‘inferiores’, ‘menos aptos’. Isso seria a replicação nefasta
do modelo de categorização e discriminação social que já se manifesta através
da classificação entre ricos e pobres, só que desta vez tais predicados e
defeitos estariam mais intimamente associados às complexidades dos organismos
individuais.
Jürgen
Habermas corrobora tal compreensão e afirma que fazer da humanidade um meio,
seja de transformação, ‘melhoramento’, desfiguração, exploração ou
descaracterização implica, inevitavelmente, na quebra desta simetria e na morte
da igualdade secular entre as pessoas. A ideia da humanidade, por si,
obriga-nos – nos diz ele – a adotar aquela perspectiva do nós, a partir da qual
nos consideramos uns aos outros como membros de uma comunidade inclusiva, que
não exclui ninguém.
Conclusão: Quem realmente somos
nós?
:
Quem realmente somos nós? Somos tudo isso que criamos? Ou tudo isso que criamos
transforma fundamentalmente o que somos?
Bem,
a resposta exata parece inexistir. Talvez sejamos ambas as coisas ao mesmo
tempo, e quem sabe até mais. Nossa metamorfose pode ter começado lá atrás
quando nos despregamos do mundo natural comum dos demais animais vivos sob a
força da pedra lascada e do domínio do fogo como as primeiras tecnologias de instrumentalização
e controle primitivos; e daí para a frente teríamos seguido sempre adiante
nesse progressivo processo, configurando-o como algo inerente à nossa própria
natureza humana mais essencial, o que certamente justificaria toda essa
violência e devastação que tanto primamos em desenvolver e melhorar em busca de
nossa permanência e capacidade de prevalecer e sobressair.
Ou
então, ao contrário, nessa mesma ocasião longínqua de nosso passado primitivo,
teríamos nós – sem nem mesmo termos consciência disso – desviado - nos
irreversivelmente de nossa essência e relação de pertencimento mais primordial
com a natureza, provocando o acionamento de toda essa sequência de fatos,
fenômenos e acontecimentos que culminam hoje nesses conflitos e crises bio éticos
sem precedentes, que de fato abalam e podem até mesmo destruir nossa essência e
nossa identidade, enquanto seguem igualmente também devastando e extinguindo as
demais espécies vivas e o próprio ambiente que nos abriga a todos.
Nesse sentido, é inapropriado enxergar o fenômeno pós-humano como algo alheio a
nós, mesmo que esse fenômeno se apresente exponencialmente livre de nossa
vontade e reflexão intencionais. Prescrutá - lo em sua identidade neo paradigmática,
verificar sua interface com a cultura que o gera, identificar seus possíveis
pontos nodais significa, certo, debruçarmo-nos por sobre nossa própria essência
enquanto humanidade.
Alexandre
Quaresma
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A morte, como
o nascimento, é mera passagem de um estado de consciência para outro. A
consciência não reside no cérebro, não está limitada a ele.
O intrigante
é que, durante a EQM (Experiência
de Quase Morte), às vezes a pessoa vê coisas que realmente aconteceram –
e que ela, em tese, não teria como saber. “Muitos pacientes dizem ter se
encontrado com um parente que ninguém sabia que havia morrido. Nem o próprio
paciente. Por exemplo, um tio que morreu minutos antes de o paciente ter a
EQM”, disse o psiquiatra Bruce Greyson, num seminário realizado em Nova York.
“Outras pessoas contam coisas que se passavam na sala do hospital [enquanto
elas estavam mortas]”.
Mas como
explicar que os pacientes estejam conscientes mesmo sem atividade cerebral?
Depois de acompanhar 344 sobreviventes de paradas cardíacas, dos quais 18%
tiveram EQM, o médico holandês Pim van Lommel criou uma teoria a respeito. “A
consciência não pode estar localizada num espaço em particular. Ela é eterna”,
diz. “A morte, como o nascimento, é mera passagem de um estado de consciência
para outro.” Ele reconhece que as pesquisas sobre EQM não provam isso, mesmo
porque as pessoas com EQM não morreram – só chegaram muito perto. “Mas ficou
provado que, durante a EQM, houve aumento do grau de consciência. Isso
significa que a consciência não reside no cérebro, não está limitada a ele”,
acredita.
Quando morreu
pela primeira vez, em 1993, o empresário americano Gordon Allen estava a
caminho da UTI. Havia sofrido uma parada cardíaca momentos antes. Seu sangue
deixou de fluir, a respiração se deteve, o cérebro apagou. Mesmo assim, ele
sentiu algo. “Fui transportado para fora do corpo e comecei a viajar. Não senti
dor, apenas leveza. Vi cores maravilhosas, que não existem na Terra”, recorda
Allen no site da fundação que leva seu nome. Os médicos o ressuscitaram com um
desfibrilador.
Assim como
Gordon Allen, milhares de pessoas que tiveram morte clínica foram trazidas de
volta. “Há uma semelhança incrível nos relatos”, diz Maria Julia Kovács,
coordenadora do Laboratório de Estudos sobre a Morte da USP. “Muitos dizem ter
visto um túnel e uma luz branca. Outros veem uma imagem de Deus.” Os relatos
também incluem encontros com parentes mortos e a sensação de estar fora do
corpo. São as chamadas experiências de quase-morte (EQM). A explicação mais
aceita é que se trata de alucinações, causadas pela falta de oxigênio no cérebro.
Um estudo feito em 2010 pela Universidade George Washington monitorou o cérebro
de sete pacientes terminais. Em todos os casos, a atividade cerebral disparava
logo antes da morte. Isso supostamente acontece porque, conforme os neurônios
vão morrendo, perdem a capacidade de reter carga elétrica – e começam a
descarregar numa sequência anormal, que poderia provocar alucinações.
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ALMA EXISTE
Em 1901, o médico
americano Duncan Macdougall fez uma experiência com doentes terminais. Colocou
cada paciente, com cama e tudo, sobre uma balança gigante. “Quando a vida
cessou, a balança mexeu de forma repentina – como se algo tivesse deixado o
corpo”, escreveu Macdougall na época. A balança mexeu 21 gramas, e o doutor
concluiu que esse era o peso da alma. A descoberta caiu na cultura popular e
até inspirou um filme (21 Gramas,
de 2003). Ela não tem valor científico, pois a balança era muito imprecisa – e
cada paciente gerou um valor diferente. Mas será que não dá para refazer a
experiência com a tecnologia atual? Se alma existir mesmo, dá para medir?
Em tese, sim. Tudo graças a Einstein e sua equação E=mc2 (E é energia, m
é massa e c é velocidade da luz). Se consideramos que a alma existe, e é uma forma
de energia, então deve haver massa relacionada a ela. Se a energia muda, a
massa também muda. Se alma existe, e sai do corpo quando a pessoa morre, o
corpo sofrerá perda de massa – que pode ser medida.
O médico Gerry Nahum, da Universidade Duke, propôs uma experiência para
testar a hipótese: construir uma caixa perfeitamente selada, que ficaria sobre
uma balança hipersensível, capaz de medir 1 trilhonésimo de grama. O problema é
que, por razões éticas, não dá para colocar uma pessoa moribunda dentro de uma
caixa hermeticamente fechada, pois isso a faria morrer. E o teste nunca foi
feito.
Mas os cientistas continuam em busca de evidências para a alma. E os
estudos mais surpreendentes vêm de uma dupla que está na vanguarda da ciência:
o anestesista americano Stuart Hameroff, do Centro de Estudos da Consciência do
Arizona, e Roger Penrose – sim, o mesmo físico de Oxford autor da teoria sobre
o que veio antes do Big Bang. Mas, desta vez, a tese é ainda mais
inacreditável. Dentro de cada neurônio existiriam 100 milhões de microtúbulos:
tubinhos feitos de uma proteína chamada tubulina. A tubulina atuaria como bit,
ou seja, como menor unidade de informação que pode ser criada, armazenada ou
transmitida. Os tubinhos vibram, interferem com a tubulina e geram ou processam
informação – que é passada de um neurônio a outro.
Mas os microtúbulos são tão pequenos que as leis da física quântica se
aplicam a eles. E essas leis preveem algumas possibilidades bizarras, como a
superposição (uma partícula pode existir em dois lugares ao mesmo tempo). Para
os pesquisadores, haveria uma relação quântica entre os tubinhos do cérebro e
partículas fora dele, espalhadas pelo Universo. “Quando o cérebro morre, a
informação quântica [gerada nos microtúbulos] não fica presa. Ela se dissipa no
espaço-tempo”, diz Hameroff. Pela mesma lógica, quando alguém nasce, essa
informação espalhada no Universo entraria nos microtúbulos. Ou seja: a alma
existiria, sim, como um conjunto de relações quânticas entre partículas
dispersas no Universo. Embora Hameroff tenha escrito centenas de páginas a
respeito, nada disso tem comprovação. “Não reivindico nenhuma prova. Só ofereço
um mecanismo cientificamente plausível”.
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“QUANDO
DESENCARNAMOS, DEMORA PARA NOS DESLIGAR? PORQUE? NÃO SÃO TODOS DELIGAMENTOS
IGUAIS?
Morte física e desencarne não ocorrem simultaneamente. O
indivíduo morre quando o coração deixa de
funcionar. O Espírito Desencarna quando se completa o Desligamento, o que
demanda algumas horas ou alguns dias.
Basicamente o Espírito permanece ligado ao corpo
enquanto são muito fortes nele as impressões da existência física. Indivíduos
materialistas, que fazem da jornada humana um fim em si, que não cogitam de
objetivos superiores, que cultivam vícios e paixões, ficam retidos por mais
tempo, até que a impregnação fluídica animalizada de que se revestem seja
reduzida a níveis compatíveis com o desligamento.
Certamente
os benfeitores espirituais podem fazê-lo de imediato, tão logo se dê o colapso
do corpo.
Obra Juízo Final técnica mista sobre tela.
No
entanto, não é aconselhável, porquanto o desencarnante teria dificuldades
maiores para ajustar-se às realidades espirituais.
O
que aparentemente sugere um castigo para o indivíduo que não viveu existência
condizente com os princípios da moral e da virtude, é apenas manifestação de
misericórdia.
Não
obstante o constrangimento e as sensações desagradáveis que venha a enfrentar,
na contemplação de seus despojes carnais em decomposição, tal circunstância é
menos traumatizante do que o desligamento extemporâneo.
Há,
a respeito da morte, concepções totalmente distanciadas da realidade.
Quando
alguém morre fulminado por um enfarte violento, costuma-se dizer:
"Que
morte maravilhosa! Não sofreu nada!"
No
entanto, é uma morte indesejável.
Falecendo
em plena vitalidade, salvo se altamente espiritualizado, ele terá problemas de
desligamento e adaptação, pois serão muito fortes nele as impressões e
interesses relacionados com a existência física.
Se
a causa da morte é o câncer, após prolongados sofrimentos, em dores atrozes,
com o paciente definhando lentamente, decompondo-se em vida, fala-se:
"Que
morte horrível! Quanto sofrimento!"
Paradoxalmente,
é uma boa morte.
Doença
prolongada é tratamento de beleza para o Espírito. As dores físicas atuam como
inestimável recurso terapêutico, ajudando-o a superar as ilusões do Mundo, além
de depurá-lo como válvulas de escoamento das impurezas morais.
Destaque-se
que o progressivo agravamento de sua condição torna o doente mais receptivo aos
apelos da religião, aos benefícios da prece, às meditações sobre o destino
humano.
Por
isso, quando a morte chega, ele está preparado e até a espera, sem apegos, sem
temores.
Algo
semelhante ocorre com as pessoas que desencarnam em idade avançada, cumpridos
os prazos concedidos pela Providência Divina, e que mantiveram um comportamento
disciplinado e virtuoso.
Nelas a vida física extingue-se mansamente, como uma vela que bruxuleia
e apaga, inteiramente gasta, proporcionando-lhes um retomo tranquilo, sem
maiores percalços.
Mensagem do escritor Richard.
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Uma nova classe de pessoas deve surgir até 2050: A dos inúteis"
Com o avanço da inteligência artificial, Yuval Noah
Harari, prevê que muitos profissionais não apenas ficarão desempregados, como
também não serão mais empregáveis
Com o avanço da inteligência artificial, os humanos serão substituídos na maioria
dos trabalhos que hoje existem. Novas
profissões irão surgir, mas nem todos conseguirão se reinventar e
se qualificar para essas funções. O que acontecerá com esses profissionais?
Como eles serão ocupados?
Em artigo publicado no The
Guardian, intitulado O Significado da Vida em um Mundo sem Trabalho, o escritor
comenta sobre uma nova classe de pessoas que deve surgir até 2050: a dos
inúteis. "São pessoas que não serão apenas desempregadas, mas que não
serão empregáveis", diz o historiador.
De acordo com Harari, esse grupo poderá acabar
sendo alimentado por um sistema de renda básica universal. A grande
questão então será como manter esses indivíduos satisfeitos e ocupados. “As
pessoas devem se envolver em atividades com algum propósito. Caso contrário,
irão enlouquecer. Afinal, o que a classe inútil irá fazer o dia todo?”.
Uma das possíveis soluções, apontadas pelo
professor, são os games de
realidade virtual em
3D. “Na verdade, essa é uma solução muito antiga. Por centenas de
anos, bilhões de humanos encontraram significados em jogos de realidade
virtual. No passado, chamávamos esses jogos de ‘religiões’”, afirma Harari. “Se você reza todo dia,
ganha pontos. Se você se esquece de rezar, perde pontos. Se no fim da vida você
ganhou pontos o suficiente, depois que morrer irá ao próximo nível do jogo
(também conhecido como céu)”.
Mas a ideia de encontrar significado na vida com
essa realidade alternativa não é exclusividade da religião, como explica o
professor. "O consumismo também é um jogo de realidade virtual. Você
ganha pontos por adquirir novos carros, comprar produtos de marcas caras e
tirar férias fora do país. E, se você tem mais pontos que todos os outros, diz
a si mesmo que ganhou o jogo”.
Para o escritor, um exemplo de como funcionará o
mundo pós-trabalho pode ser observado na sociedade israelense. Alguns judeus
ultra ortodoxos não trabalham e passam a vida inteira estudando escrituras
sagradas e realizando rituais religiosos. Esses homens e suas famílias são
mantidos pelo trabalho de suas esposas e subsídios governamentais. “Apesar
desses homens serem pobres e nunca trabalharem, pesquisa após pesquisa eles relatam
níveis de satisfação mais altos que qualquer outro setor da sociedade
israelense”, afirma Harari.
Segundo o professor, o significado da vida sempre
foi uma história ficcional criada por humanos, e o fim do trabalho não irá
necessariamente significar o fim do propósito.
Ao longo da história, muitos grupos encontraram
sentido na vida mesmo sem trabalhar. O que não será diferente no mundo
pós-trabalho, seja graças à realidade virtual gerada em computadores ou por
religiões e ideologias.
"Você realmente quer viver em um mundo no qual
bilhões de pessoas estão imersas em fantasias, perseguindo metas de faz de
conta e obedecendo a leis imaginárias?
Goste disso ou não, esse já é o mundo em que
vivemos há centenas de anos”.
Primeira obra da Série Pós-Humanos - Menção Especial no Salão Paranaense de Artes que aconteceu na Cidade de Jaguariaiva. Técnica mista sobre papel.
Textos
pesquisados e créditos.
Hans Jonas foi um filósofo alemão de origem judia. É
conhecido principalmente devido à sua influente obra O Princípio da
Responsabilidade. Seu trabalho concentra-se nos problemas éticos sociais
criados pela tecnologia
Alexandre
Quaresma é paulistano, escritor, ambientalista e pesquisador de nanotecnologias
e impactos sociais. Atualmente pesquisa
sobre o fenômeno Pós-Humano e suas diversas facetas de interação dentro da
sociedade e da cultura contemporâneas.
Bruce
Greyson, Charles Bruce Greyson,
M.D., é um cientista e professor de psiquiatria da Universidade da Virgínia.
Ele é co-autor de Irreducible Mind e co-editor de The Handbook of Near-Death
Experiences.
Jürgen Habermas é um filósofo e sociólogo alemão que
participa da tradição da teoria crítica e do pragmatismo, sendo membro da
Escola de Frankfurt. Dedicou sua vida ao estudo da democracia, especialmente
por meio de suas teorias do agir comunicativo, da política deliberativa e da
esfera pública
Pim van Lommel é um autor e pesquisador holandês no campo de
estudos de quase morte. Ele estudou medicina na Universidade de Utrecht,
especializada em cardiologia. Cardiologista no Hospital Rijnstate, Arnhem.
Maria Julia
Kovács, coordenadora do Laboratório de Estudos sobre a Morte da USP.
Duncan MacDougall, médico de Haverhill, Massachusetts,
responsável pelo experimento que resultou no estudo científico “21 gramas”
Stuart Hameroff é um médico anestesiologista estadunidense,
professor na Universidade do Arizona, conhecido por seus estudos da
consciência.
Roger Penrose é um físico matemático, matemático e filósofo
da ciência inglês, professor emérito da Cátedra Rouse Ball de Matemática da
Universidade de Oxford
Série Pós - Humanos 1 2 e 3 - Pequenos formatos, técnica mista sobre tela.
Yuval Noah Harari,
professor da Universidade Hebraica de Jerusalém e autor do livro Sapiens – Uma Breve História da Humanidade,
pensa ter a resposta.
LINK PARA ACESSAR A EXPOSIÇÃO VIRTUAL
EM VIDEO.
https://l.facebook.com/l.php?u=https%3A%2F%2Fyoutu.be%2FVtiPa0GLtGc%3Ffbclid%3DIwAR2Hn_i0D3cshtUyGMmR98haxk1RjpMdm0bYvdOP135rR6woPlnoH5pdM4k&h=AT2z5gpU1EFeSU7zERED0j4qVKTCWRqgP3P5ayfutmQzOS3gf33Z33ARk9S5W_qIEIz9jyBkvqOyqolOwZqRGJqVVDl4Z95ZF6aHusly21jUahAQiavplTKMExICxbM3-6S9yAAz0rIIDmiAQN9YynuhZNyn4LWyi_18HeKPDdYOal7-F2eB63AOLLIRMBz2tuN9ycL9QxGQhjlqN5FxwBNecoX0v11QqOcE3mk7mkS7zVEfztTj1RSZa2dxbT4o9uc6h3C9iSQ3mrjetrLauzIZa1h62ZkMsKuOwyyKo5Clkj_iskVJE2_QN2DydvoYZVVAoPqdGLFuEC31ZA6dq17vT09FUk6av0kZcxDbF6E3r_yTFQ_T3vKU-TAawpQuLmCK9CjnfWaT0mjLGdkvE3QpLMbi57zulWCpOREsnR5T0TXREauAWBRuxkR_JqzWYnRJidQejBeYTqs174psl5IsFwFWj5gu5Pg90lEtD_EaAvzAAHn1cJIzWNpI0lhbiVrgo-z_jcxJwrObBytPhpQrz1VDjvfKYVT23zZycklhp3iIlyBn2Mmgtm-Ru9I7vLyIKcpuI0qXfadWuHGFRBAuN5owhDmHOwLTpNnfr1wlZQXKeFQxUtIvGZrYy4b3DXs