A SP-Arte – Festival Internacional de Arte de São Paulo –
chega ao fim de sua 13a edição. Hoje dia 09 é o último dia
e ainda dá tempo até as 19 horas de visitá-la.
A Feira mais uma vez cumpriu sua meta de estabelecer como
dinâmica plataforma de intercâmbio cultural e artístico entre curadores,
colecionadores, artistas, renomadas galerias, obras e admiradores das artes.
Dessa forma, firma-se como tradutora da produção atual, a nova e a já
consagrada, além de promover a profissionalização do mercado criativo no
Brasil. Nos dias de evento, a arte moderna e contemporânea ocupa lugar
central em debates e criações, que se estendem por toda cidade de São Paulo.
Curador do Repertório, Jacopo Crivelli Visconti fala das
novidades da SP-Arte/2017
Uma das grandes novidades da SP-Arte em 2017 é o
Repertório. Esse segmento apresentou artistas brasileiros
e estrangeiros fundamentais para a compreensão das práticas
contemporâneas em recorte cronológico – os nomes
escolhidos nasceram até o final dos anos 1940, e as obras
foram produzidas até o final da década de 1980.
A mostra integra a programação de eventos curados do
Festival e está a cargo de Jacopo Crivelli Visconti.
Na entrevista abaixo, ele fala sobre sua experiência à frente
do projeto.
SP-Arte: Esta é a primeira edição do Repertório.
Como se deu a concepção desse trabalho?
E como você articulou a curadoria?
Jacopo Crivelli Visconti: Acho que o Repertório responde
a um papel quase “institucional” que a SP-Arte assumiu nos
últimos anos, dentro do qual faz sentido criar um segmento
como este, que foi pensado desde o começo como um espaço
onde o público pudesse ou descobrir, ou aprender algo mais
sobre artistas já consagrados, mas ainda não tão conhecidos
como deveriam. São artistas que, a meu ver, deveriam fazer
parte do “repertório” de qualquer um que se interesse por
arte.
SP-Arte: Como o recorte cronológico (artistas nascidos até o
fim dos anos 1940, obras produzidas até o final da década
de 1980) foi definido?
JCV: Isso talvez tenha a ver com meu interesse pessoal
por arte conceitual e os movimentos dos anos 1970 e 80,
quando muitas coisas que seriam assimiladas só nas décadas
seguintes começaram a ser debatidas ou questionadas.
Mas no final a seleção inclui muitos artistas ativos nesses
anos, cuja obra não tem um caráter conceitual, e acho que
só preservando a diversidade é realmente possível entender
a efervescência desses anos.
SP-Arte: A seleção contempla nomes brasileiros e estrangeiros.
É possível estabelecer conexões entre as diferentes práticas
dos artistas?
JCV: É possível, sim, e o mais interessante, a meu ver, é que
essas relações podem ser feitas hoje, mas dizem respeito à
obra de artistas que, na época, não se conheciam e muito
provavelmente não tinham qualquer informação sobre o que
estava sendo produzido em outras partes do mundo.
Relações inesperadas surgem, por exemplo, da justaposição
das obras pop de um pioneiro da arte povera, Pino Pascali,
com as pinturas de Carlos Vergara ou com a série das máscaras
de Niobe Xandó.
SP-Arte: Quais são as suas expectativas para o setor e para a
SP-Arte/2017 como um todo?
JCV: Acredito que vai ser um setor importante, a resposta
que tivemos até aqui tem sido ótima, me parece que muita
gente considerava necessário criar um espaço para olhar com
mais calma para a obra dos artistas dessa geração.
É sempre difícil fazer previsões de mercado. Por outro lado,
eu prefiro olhar, como dizia antes, para o papel institucional
que a SP-Arte já assumiu, ou seja, para sua importância no
cenário artístico nacional. Isso me parece que a cada edição
se reforça, independentemente de crises ou euforias passageiras.
Todos os anos, a SP-Arte reúne em São Paulo as galerias mais prestigiadas do
cenário artístico nacional e internacional. Apresentando um panorama da arte
moderna e contemporânea, e servindo como termômetro da economia criativa,
traz em 2017 ao epicentro cultural brasileiro mais de 120 galerias e múltiplos
artistas – que se traduzem nos mais diferentes formatos, como pintura,
escultura, gravura, fotografia, instalação e vídeo.
SP-Arte/2017
5 a 9 de abril
5 a 9 de abril
HoráriosQuarta, 5 de abril (Preview para convidados)
Quinta a sábado, 6 a 8 de abril: 13h–21h
Domingo, 9 de abril: 11h–19h
Quinta a sábado, 6 a 8 de abril: 13h–21h
Domingo, 9 de abril: 11h–19h
Pavilhão da BienalParque Ibirapuera, portão 3
Avenida Pedro Álvares Cabral, s/n
São Paulo, Brasil
Estacionamento no Parque com Zona Azul
Avenida Pedro Álvares Cabral, s/n
São Paulo, Brasil
Estacionamento no Parque com Zona Azul