terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Lá se foram os 30 milhões do PROFICE ......

Beto Richa faz palhaçada na área cultural


Com pompa e circunstância, o governador Beto Richa, junto com o secretário estadual da Cultura, Paulino Viapiana, lançaram no dia primeiro de dezembro último, no Palácio Iguaçu, o primeiro edital do Programa de Fomento e Incentivo à Cultura do Paraná (Profice). O lançamento teve a presença maciça de produtores culturais, representantes de entidades ligadas à cultura, parceiros e empresários. Participaram o então vice-governador Flávio Arns, o reitor da Universidade Federal do Paraná, Zaki Akel Sobrinho, além de secretários estaduais de diversas áreas.
Na ocasião, cheio de orgulho por ter conseguido levar adiante o edital, o secretário Viapiana explicou que “projetos culturais de diferentes regiões do Estado poderão ter acesso aos recursos financeiros provenientes do Incentivo Fiscal”. O edital que o governador assinou e depois arrotou falácias, que hoje sabemos mentirosas, garantia R$ 30 milhões neste ano para projetos das áreas de Artes Visuais; Audiovisual; Circo; Dança; Literatura, Livro e Leitura; Música; Ópera; Patrimônio Cultural Material e Imaterial, Povos, Comunidades Tradicionais e Culturas Populares e Teatro.
O lançamento do Profice, com tanta gente e tantas entrevistas, não passou de uma presepada deste governo sem rumo nem prumo. As pessoas presentes foram feitas de bobas. O próprio secretário Paulino Viapiana, um dos poucos que trabalha com seriedade e eficiência no governo Richa, acabou sendo iludido pelos assessores mais próximos do governador. Isso, porque menos de dois meses depois, o secretário das Finanças, aquele sujeitinho de currículo mínimo, o tal do Mauro Ricardo Machado da Costa, que o governador importou de São Paulo, passou o facão no edital. Fez os 30 milhões se evaporarem.
No Palácio Iguaçu, aplausos para um projeto que era fantasia. Foto: Jonas Oliveira/ANPr.
No Palácio Iguaçu, aplausos para um projeto que era fantasia. Foto: Jonas Oliveira/ANPr.
Com isso, o secretário da Cultura, que tanto fez pela reeleição de Beto Richa, ficou muito mal com o pessoal da área cultural. Este corte insano, feito por alguém que não conhece a realidade do paraná, esvaziou o que de mais produtivo o Paulino fez na Secretaria da Cultura.
No Diário Oficial, a notícia do fim do Profice. Foto Reprodução.
No Diário Oficial, a notícia do fim do Profice. Foto Reprodução.
Míope que só, o secretário da Fazenda não ousou cortar o dinheiro que um governo sem obras nem projetos gasta na mídia para uma promoção mentirosa do governador. E, nas mordomias então, aí nem pensar. Mauro Ricardo não foi homem suficiente para cortar isto.