terça-feira, 20 de janeiro de 2015

MON Museu Oscar Niemeyer - “João Turin – vida, obra, arte

Compartilhado site Museu Oscar Niemeyer
 
A mostra “João Turin – vida, obra, arte” expõe 130 bronzes, sendo grande parte deles inéditos. Entre as peças estão as que o consagraram como um dos principais escultores animalistas brasileiros: “Marumbi”, “Luar do Sertão”, “Tigre pisando na cobra” e “Onça à espreita”. Os visitantes também vpodem admirar de perto o “Frade”, escultura selecionada pelo governo brasileiro para presentear o Papa Francisco em sua visita ao Brasil em 2013, o que coloca João Turin entre os raríssimos artistas brasileiros presentes no Museu do Vaticano.



A mostra também traz a Pietá, feita em 1917 para a Igreja de Saint Martin, em Condé-sur-Noireau, na França. Mesmo depois de a região ter sido severamente bombardeada e a Igreja de Saint Martin, com mil anos de história, seriamente danificada, a escultura permaneceu intacta. Sobre os traços da Virgem Maria, Turin teria se inspirado na célebre dançarina Isadora Duncan que, como a mãe de Cristo, também sentira a dor de ver seu filho morto (no caso dela, foram os dois filhos que morreram afogados no Rio Sena).
Além de documentos, desenhos, estudos e cartas do artista paranaense, a exposição traz uma reconstrução da “Casa Paranista”, símbolo maior do “Paranismo”, movimento artístico onde Turin foi um dos idealizadores, que buscava expressar, na arte e arquitetura em geral, símbolos tipicamente paranaenses, como o pinheiro e o pinhão.




João Turin

O artista nasceu em Porto de Cima, município de Morretes, no ano de 1878, um ano após a chegada de seus pais ao Brasil, vindos da Itália. Desde criança demonstrou interesse pelas artes e pela escultura. Já adulto, Turin recebeu do governo paranaense uma bolsa de aperfeiçoamento e, aos 27 anos, ingressou na “Académie Royale des Beaux Arts” de Bruxelas, na Bélgica. Em sua temporada na Europa, Turin foi contemporâneo de Auguste Rodin, Picasso, Modigliani, Mondrian, Chagall, Matisse, Rilke, Jean Cocteau, Victor Brecheret, entre outros.
 

Retornando ao Brasil, o ‘bom gigante’, como era conhecido o artista pelos seus quase dois metros de altura, optou por instalar-se em Curitiba, onde permaneceu até a sua morte, em 1949.

Teixeira Leite

José Roberto Teixeira Leite dedica sua vida à arte e mantém um rico currículo. Professor universitário de História da Arte no Brasil, lecionou em instituições como a Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Gama Filho, Instituto de Artes do Rio de Janeiro e Universidade Estadual de Campinas; pesquisador, fez crítica de arte em grandes veículos da imprensa, como os jornais “O Globo” e “Folha de São Paulo” e as revistas “Bravo!” e “Veja”. Foi curador de inúmeras exposições no Brasil e no exterior, autor colaborador de mais de 30 livros e diretor do Museu Nacional de Belas Artes, entre os anos de 1961 e 1964. Exerceu cargos na Associação Brasileira de Críticos de Arte por diversas vezes, foi membro do Conselho de Orientação da Pinacoteca do Estado de São Paulo de 1989 a 2010.

Projeto Estação Volvo
A exposição “João Turin – Vida, Obra, Arte” faz parte do projeto “Estação Volvo, é tempo de cultura em Curitiba”. Realizado pelo terceiro ano consecutivo, o projeto tem início oficial em agosto e reúne espetáculos nacionais e estaduais patrocinados pela empresa Volvo com apresentações de música, teatro, dança, artes plásticas e literatura. Em 2013, o público foi de mais 38 mil pessoas.
Do Paraná, além da exposição, integram a programação uma apresentação da Orquestra Sinfônica do Paraná, o show Alma de Passarinho, com o cantor Cláudio Menandro em homenagem ao compositor paranaense Waltel Branco; o show de lançamento do CD “O Mundo Lá Dentro”, do músico Guto Horn.
Serviço
Período expositivo: 05 de junho a 22 de fevereiro de 2015
Horário de funcionamento: terça a domingo, das 10h às 18h
Ingressos: R$6 e R$3 (meia-entrada para professores e estudantes com identificação).
Domingo + Arte: entrada gratuita no primeiro domingo de cada mês
Quinta + MON: primeira quinta-feira de cada mês, horário de funcionamento estendido, das 10h às 20 horas, com entrada gratuita a partir das 18h

Biblioteca Nacional expõe desenhos de cartunista morto no ataque ao Charlie Hebdo


Exposição conta com vinte exemplares da revista Grilo do acervo da FBN. (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
 Em homenagem ao jornal francês Charlie Hebdo e em defesa da liberdade de expressão, a Fundação Biblioteca Nacional (FBN) promove mostra gratuita com desenhos do cartunista Georges Wolinski. Considerado um dos mais geniais colaboradores do Charlie Hebdo, Wolinski foi vítima, aos 80 anos, do atentado terrorista à sede do periódico em Paris no último dia 7 de janeiro. 
 
Na exposição, há quatro vitrines com cerca de 20 revistas do próprio acervo da FBN. Nelas, constam diversos trabalhos de Wolinski para a revista Grilo, que circulou durante a ditadura militar, entre 1971 e 1973, e Bicho, também da década de 1970. Pela Grilo, passaram também os cartunistas Smythe , Jules Feifer, Guido Crepax e Robert Crumb. As tiras e desenhos, localizadas no saguão da FBN, remetem a conteúdos políticos, anárquicos e eróticos. 
 
Em texto divulgado pela FBN, Renato Lessa, presidente da FBN, explica que o atentado vitimou o princípio da liberdade de pensamento, de criação e atingiu o humor, "um operador fundamental para o exercício da crítica e do próprio pensamento". Segundo ele," esta pequena mostra homenageia o semanário francês, por meio de uma menção a seu mais genial colaborador, o cartunista Georges Wolinski. Ele foi um tipo sem o qual não se pode dizer que vivemos em sociedades livres e civilizadas". 

O atentado

Na manhã de 7 janeiro, os irmãos Kouachi invadiram a sede do jornal Charlie Hebdo, encapuzados e armados, e mataram, a tiros, jornalistas, cartunistas e funcionários do jornal. Wolinski foi um deles. O atentado terrorista foi reivindicado pela Al Qaeda do Iêmen e gerou manisfestações pelo direto à liberdade de expressão por todo o mundo. 
 
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Wolinski, carinhosamente apelidado de Wolin pelos amigos íntimos, era considerado um dos maiores cartunistas da atualidade. Na França, colaborou com outros jornais, como Libération, Paris Match e L´humanité. O cartunista judeu nasceu em 1934, na Tunísia.
 
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