O Brasil está ficando do jeito que eles querem:
Sem Educação e sem Cultura.
O governo de Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou que vai economizar R$ 2 bilhões, e a principal estratégia é cortar cargos comissionados. Até agora, quatro museus já anunciaram demissões e alguns projetos foram cancelados.
A Organização Social (OS) POIESIS, que recebe verba do estado, fechou as sedes de seis das suas 21 Oficinas Culturais. O projeto realiza formação cultural em diversas áreas, com pessoas de todas as faixas etárias, e tem ações não apenas na capital, mas também em cidades do interior.
As oficinas afetadas foram de: Campinas, São João da Boas Vista, Araraquara, Bauru, Araçatuba e, na capital, no bairro de São Miguel Paulista. Elas devem ser remanejadas para as cidades sede mais próximas.
A POIESIS ainda administra a Casa das Rosas, a Casa Guilherme de Almeida e as Fábricas de Cultura. Até o momento, nenhum corte foi anunciado nesses equipamentos culturais, mas funcionários temem que demissões sejam anunciadas nas próximas semanas. Procurada, a OS divulgou que “todos os contratos e programas que administramos tiveram seus orçamentos readequados às restrições da conjuntura”.
Esta semana a Pinacoteca anunciou que vai reduzir seus gastos em 15%, o que deve afetar projetos e a folha de pagamento. Segundo nota divulgada pela assessoria de imprensa, “na folha serão desligados 29 colaboradores de diversas áreas, correspondendo a 11,5% do total do quadro de funcionários”.
O horário de fechamento às quintas-feiras, que era às 22h, foi adiantado para as 18h, como no resto da semana. Ainda assim, a programação de 2015 abre no próximo mês, com exposições do pintor irlandês Sean Scully, do artista Nelson Felix e com as novas esculturas de José Resende.
No Museu Afro Brasil, o corte de R$1,6 milhão - equivalente a 10% do orçamento - foi anunciado no início da semana, conforme reportagem do Estadão. Entre 18 e 25 funcionários foram demitidos ou saíram pelo plano de demissão voluntária.
Ex-colaboradores afirmam que o vale-alimentação foi cancelado e que as áreas mais afetadas foram de educação, salvaguarda e montagem, essenciais para viabilizar os projetos. Apesar dos cortes, a meta de atendimento a visitantes, incluindo escolas, permanece a mesma, o que acaba sobrecarregando a equipe que permanece no musei.
Segundo Manuel Araujo, diretor do Afro Brasil, “menos escolas serão atendidas”. Duas ou três mostras programadas para este ano não acontecerão mais. “Estamos impossibilitados de fazer exposições mais ousadas, que dependem de mais verba”, disse.
O Museu da Imagem e do Som (MIS) e o Paço das Artes, administrados pela mesma Organização Social, anunciaram a demissão de 18 funcionários no início do mês, segundo reportagem do G1.
Procurada pelo Brasil Post, a Secretaria da Cultura do estado de São Paulo não se pronunciou. Na época das demissões no MIS, a secretaria divulgou nota:
A Organização Social (OS) POIESIS, que recebe verba do estado, fechou as sedes de seis das suas 21 Oficinas Culturais. O projeto realiza formação cultural em diversas áreas, com pessoas de todas as faixas etárias, e tem ações não apenas na capital, mas também em cidades do interior.
As oficinas afetadas foram de: Campinas, São João da Boas Vista, Araraquara, Bauru, Araçatuba e, na capital, no bairro de São Miguel Paulista. Elas devem ser remanejadas para as cidades sede mais próximas.
A POIESIS ainda administra a Casa das Rosas, a Casa Guilherme de Almeida e as Fábricas de Cultura. Até o momento, nenhum corte foi anunciado nesses equipamentos culturais, mas funcionários temem que demissões sejam anunciadas nas próximas semanas. Procurada, a OS divulgou que “todos os contratos e programas que administramos tiveram seus orçamentos readequados às restrições da conjuntura”.
Esta semana a Pinacoteca anunciou que vai reduzir seus gastos em 15%, o que deve afetar projetos e a folha de pagamento. Segundo nota divulgada pela assessoria de imprensa, “na folha serão desligados 29 colaboradores de diversas áreas, correspondendo a 11,5% do total do quadro de funcionários”.
O horário de fechamento às quintas-feiras, que era às 22h, foi adiantado para as 18h, como no resto da semana. Ainda assim, a programação de 2015 abre no próximo mês, com exposições do pintor irlandês Sean Scully, do artista Nelson Felix e com as novas esculturas de José Resende.
No Museu Afro Brasil, o corte de R$1,6 milhão - equivalente a 10% do orçamento - foi anunciado no início da semana, conforme reportagem do Estadão. Entre 18 e 25 funcionários foram demitidos ou saíram pelo plano de demissão voluntária.
Ex-colaboradores afirmam que o vale-alimentação foi cancelado e que as áreas mais afetadas foram de educação, salvaguarda e montagem, essenciais para viabilizar os projetos. Apesar dos cortes, a meta de atendimento a visitantes, incluindo escolas, permanece a mesma, o que acaba sobrecarregando a equipe que permanece no musei.
Segundo Manuel Araujo, diretor do Afro Brasil, “menos escolas serão atendidas”. Duas ou três mostras programadas para este ano não acontecerão mais. “Estamos impossibilitados de fazer exposições mais ousadas, que dependem de mais verba”, disse.
O Museu da Imagem e do Som (MIS) e o Paço das Artes, administrados pela mesma Organização Social, anunciaram a demissão de 18 funcionários no início do mês, segundo reportagem do G1.
Procurada pelo Brasil Post, a Secretaria da Cultura do estado de São Paulo não se pronunciou. Na época das demissões no MIS, a secretaria divulgou nota:
“Diante do cenário de deterioração da economia nacional, que é de conhecimento público e afeta todos os setores da sociedade brasileira, a Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo segue diretriz de qualificação dos gastos e otimização dos recursos”.Para a administração da POIESIS, "ainda que indesejáveis, as restrições constituem uma medida necessária diante da deteriorada situação da economia do país, que afeta diretamente as finanças dos Estados da Federação".
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Brasil Post | De Pedro Sibahi
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