PARABÉNS ELOIR JUNIOR PELA BELÍSSIMA OBRA E PELA DIVULGAÇÃO DE NOSSA HISTÓRIA.
NAIPI E TAROBÁ
NAIPIOWSKA Z TAROBÁNSKYJ
Acrílica s/tela - 60x40 cm.
Conta-se que os índios Caigangues, habitantes das margens do Rio Iguaçu,
acreditavam que o mundo era governado por M'Boy, um deus que tinha
a forma de serpente e era filho de Tupã. Igobi, o cacique dessa tribo tinha
uma filha chamada Naipi, tão bonita que as águas do rio paravam quando
a jovem nelas se mirava.
Devido à sua beleza, Naipi era consagrada ao deus M'Boy, passando a viver
somente para o seu culto. Havia, porém, entre os Caigangues, um jovem
guerreiro chamado Tarobá que, ao ver Naipi, por ela se apaixonou.
No dia da festa de consagração da bela índia, enquanto o cacique e o
pajé bebiam cauim (bebida feita de milho fermentado) e os guerreiros dançavam,
Tarobá aproveitou e fugiu com a linda Naipi numa canoa rio abaixo, arrastada pela correnteza.
Quando M'Boy percebeu a fuga de Naipi e Tarobá, ficou furioso.
Penetrou então as entranhas da terra e, retorcendo o seu corpo,
produziu uma enorme fenda, onde se formou a gigantesca catarata.
Envolvidos pelas águas, a canoa e os fugitivos caíram de grande altura
desaparecendo para sempre. Diz a lenda que Naipi foi transformada
em uma das rochas centrais das cataratas, perpetuamente fustigada
pelas águas revoltas.
Tarobá foi convertido em uma palmeira situada à beira de um abismo
inclinada sobre a garganta do rio. Debaixo dessa palmeira acha-se a
entrada de uma gruta sob a Garganta do Diabo onde o monstro vingativo
vigia eternamente as duas vítimas.