compartilhado do blog da Artista Aline Albuquerque
F
No primeiro dia em que entrei na escola de belas artes combinei com um colega que nunca iríamos aceitar a babaquice da arte contemporânea. E assim seguiram anos a fio na faculdade onde nossa turma era conhecida ,de forma pejorativa ,como “os renascentistas”, aspirantes a artistas do passado.
Éramos terrivelmente resistente a idéia de que um objeto jogado na galeria, poderia ser uma “obra de arte”e que a pessoa que não executou manualmente uma “obra de arte” fosse dono da criação.
Nossos professores bem que tentaram debater o assunto mas, tínhamos argumentos de sobra. Ingenuamente a gente achava que o artista contemporâneo era aquela pessoa que mais falava do que fazia. Não sabia desenhar, pintar, modelar, esculpir, enfim, era um debilóide que só sabia enrolar os outros!
Quando meu melhor amigo desistiu da faculdade faltando um ano para completar, entrei em choque. Fiquei triste porque toda faculdade traz uma frustração em relação as nossas expectativas e isso é difícil de lidar, mas eu ainda tinha esperança de que valeria a pena ir até o fim. Ambos sabíamos que tínhamos aptidão de sobra para as artes mas, a faculdade parecia não suprir nossas carências tanto intelectuais como também de infra-estrutura.
Sozinha, porém acompanhada da minha persistência fiquei por 6 anos na faculdade de belas artes. Tive mais tempo que todos os meus colegas para estudar lá. Eu estudei o que eu queria estudar e ,como de costume, não era a matéria dada pelo professor. Eu queria desvendar as coisas no tempo em que surgiam os meus questionamentos. A cada obra de arte que eu estranhava resolvi pesquisar sobre o artista para não cair na armadilha da ignorância. Queria me preparar para o dia em que eu achasse algum artista de fato ruim, eu saberia dizer exatamente o porquê.
Descobri que não é a arte contemporânea que é ruim e sim, a forma como ela chega até nós. É preciso dar um salto intelectual quântico para entender porque as obras de arte são apresentadas de uma maneira que parece beirar o absurdo hoje em dia. Além disso, existem muitos teóricos chatos, quem não tem didática para escrever sobre artes e que escrevem suas opiniões sobre a obra e não como ela realmente foi concebida.
Para finalizar ,posso dizer que o que realmente aprendi estudando é que se você quer realmente entender de arte, primeiro observe ela e o que você sente em relação a ela , leia o que o próprio artista escreveu sobre sua obra e por fim entenda o contexto histórico em que ele viveu para saber no que ele inovou. Hoje em dia ,além de continuar gostando do que eu gostava antigamente, eu entendi que artistas contemporâneos mostram mundos dentro do nosso mundo. Se permitir viajar nesses mundos vale super a pena. Hoje eu sei admirar a atitude de quem colocou um urinol numa galeria mesmo fazendo hiper-realismo em escultura. E o mais importante é que isso não me faz melhor nem pior que qualquer outro artista na história da arte.
Éramos terrivelmente resistente a idéia de que um objeto jogado na galeria, poderia ser uma “obra de arte”e que a pessoa que não executou manualmente uma “obra de arte” fosse dono da criação.
Nossos professores bem que tentaram debater o assunto mas, tínhamos argumentos de sobra. Ingenuamente a gente achava que o artista contemporâneo era aquela pessoa que mais falava do que fazia. Não sabia desenhar, pintar, modelar, esculpir, enfim, era um debilóide que só sabia enrolar os outros!
Quando meu melhor amigo desistiu da faculdade faltando um ano para completar, entrei em choque. Fiquei triste porque toda faculdade traz uma frustração em relação as nossas expectativas e isso é difícil de lidar, mas eu ainda tinha esperança de que valeria a pena ir até o fim. Ambos sabíamos que tínhamos aptidão de sobra para as artes mas, a faculdade parecia não suprir nossas carências tanto intelectuais como também de infra-estrutura.
Sozinha, porém acompanhada da minha persistência fiquei por 6 anos na faculdade de belas artes. Tive mais tempo que todos os meus colegas para estudar lá. Eu estudei o que eu queria estudar e ,como de costume, não era a matéria dada pelo professor. Eu queria desvendar as coisas no tempo em que surgiam os meus questionamentos. A cada obra de arte que eu estranhava resolvi pesquisar sobre o artista para não cair na armadilha da ignorância. Queria me preparar para o dia em que eu achasse algum artista de fato ruim, eu saberia dizer exatamente o porquê.
Descobri que não é a arte contemporânea que é ruim e sim, a forma como ela chega até nós. É preciso dar um salto intelectual quântico para entender porque as obras de arte são apresentadas de uma maneira que parece beirar o absurdo hoje em dia. Além disso, existem muitos teóricos chatos, quem não tem didática para escrever sobre artes e que escrevem suas opiniões sobre a obra e não como ela realmente foi concebida.
Para finalizar ,posso dizer que o que realmente aprendi estudando é que se você quer realmente entender de arte, primeiro observe ela e o que você sente em relação a ela , leia o que o próprio artista escreveu sobre sua obra e por fim entenda o contexto histórico em que ele viveu para saber no que ele inovou. Hoje em dia ,além de continuar gostando do que eu gostava antigamente, eu entendi que artistas contemporâneos mostram mundos dentro do nosso mundo. Se permitir viajar nesses mundos vale super a pena. Hoje eu sei admirar a atitude de quem colocou um urinol numa galeria mesmo fazendo hiper-realismo em escultura. E o mais importante é que isso não me faz melhor nem pior que qualquer outro artista na história da arte.
(Aline Albuquerque)