segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Museu Oscar Niemeyer abre três grandes exposições



Abre nesta terça-feira no MON em Curitiba.



Twirling wires, 2001 P447 AM vu Roger Ballen
João Osório Brzezinski, Nuno Ramos e Roger Ballen apresentam suas obras no MON

O Museu Oscar Niemeyer (MON) abre no dia 17 de dezembro, terça-feira, às 19 horas, três grandes exposições: João Osório Brzezinski, Nuno Ramos e Roger Ballen. A entrada é gratuita na hora da abertura.
João Osorio Bueno Brzezinski nasceu em Castro (PR), em 1941. Formou-se em Pintura pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná e em Didática de Desenho pela Pontifícia Universidade Católica. Brzezinski é reconhecido por uma produção artística caracterizada pelo rompimento de paradigmas. Nesta exposição para o Museu Oscar Niemeyer ele criou a obra “Salvando aparências”, que ficará exposta na sala 9. Esta instalação retoma a linha iniciada em 2002 com “A farsa da cruz”. De acordo com o artista “nela encontram-se penduradas formas recortadas em MDF que iluminadas por lâmpadas incandescentes, projetam, desta vez sobre telas, sombras a serem trabalhadas no museu”. A curadoria é do crítico e professor de História da Arte Fernando Bini.
“Anjo e Boneco” é a nova individual do artista Nuno Ramos. A mostra traz uma série de desenhos em larga escala, todos feitos em guache, carvão e pastel seco; e um quadro em grandes dimensões feito com materiais diversos, produzido especialmente para a exposição no MON. O título da exposição é parte de um verso extraído da obra“Elegias de Duíno” de Rainer Maria Rilke – “Anjo e boneco: haverá espetáculo”. A exposição será marcada pelo retorno do artista a suas célebres pinturas, ou quadros-relevo de grandes dimensões, que não produzia há alguns anos. Caracterizados por uma potência de volume e uma agressividade de materiais ímpares, lançam-se fisicamente sobre o espectador, ao mesmo tempo que têm no chassis espelhado uma espécie de fundo infinito. Haverá uma conversa com o artista no mesmo dia, 17, no Miniauditório do MON, às 18h15, com mediação de Fabricio Vaz Nunes, professor de História da Arte da Embap (Escola de Música e Belas Artes do Paraná). A capacidade total são de 60 pessoas e a entrada é gratuita.
“Roger Ballen: Transfigurações, fotografias 1968-2012” é a primeira retrospectiva do fotógrafo na América Latina e apresenta uma seleção de obras de oito séries fotográficas, que cobrem desde os seus trabalhos iniciais até a sua pesquisa mais recente. A exposição reflete tanto a evolução das investigações estéticas, formais e metodológicas de Ballen, quanto sua busca por autoconhecimento, oferecendo, assim, uma jornada de transfigurações reais e simbólicas. “As imagens de Ballen são costuradas pela escolha singular das pessoas fotografadas, pela estranheza de gestos, pela relação sui generis entre os elementos (alguns recorrentes, como fios, desenhos rudimentares na parede, marcas de sujeira etc), além de frequentemente evocar uma proximidade entre humanidade e animalidade” aponta a curadora Daniella Géo. Ballen é considerado hoje, um dos fotógrafos mais respeitados internacionalmente.

Serviço:
Conversa com o artista Nuno Ramos
Mediação: Fabricio Vaz Nunes, professor de História da Arte da Embap (Escola de Música e Belas Artes do Paraná).
Local: Miniauditório do MON
Horário: 18h15
Capacidade: 60 pessoas
Entrada gratuita

Abertura das exposições 17/12/2013, terça-feira
19 horas – Entrada gratuita na abertura

“Salvando Aparências” – João Osório Brzezinski – sala 9
Até dia 16 de março de 2014

“Anjo e Boneco” – Nuno Ramos – sala 4
Até dia 30 de março de 2014

“Roger Ballen: Transfigurações, fotografias 1968-2012” – sala 8
Até dia 30 de março de 2014

Museu Oscar Niemeyer -
Rua Marechal Hermes, 999 – Centro Cívico – Curitiba – PR
Terça a domingo, das 10h às 18 horas
R$6 e R$3 (meia-entrada)
www.museuoscarniemeyer.org.b

Designers e artistas serão os líderes da inovação

ENTREVISTA / JOHN MAEDA

Professor diz que esses profissionais vão mudar o mundo dos negócios
GABRIELA BAZZO / Compartilhado da Folha de SÃO PAULO
"A arte e o design estão preparados para transformar a economia do século 21 tanto quanto a ciência e a tecnologia o fizeram no século passado". A visão é de John Maeda, 46, presidente da Escola de Design de Rhode Island (EUA) e considerado pela revista "Esquire" como uma das 75 pessoas mais influentes deste século.
Segundo ele, "artistas e designers serão os líderes da inovação".
Para Maeda, que já foi professor do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), o mundo pede hoje líderes criativos, que não temam o "fracasso produtivo", que tenham visão e que assumam riscos. Eles devem ter a capacidade de achatar os modelos organizacionais, manejando as empresas de forma menos vertical.
Leia trechos da entrevista do especialista à Folha.
Folha - Quais são as características ideais de um líder?
John Maeda - Na economia global contemporânea, as únicas constantes que os líderes encaram são a volatilidade e a complexidade. A perspectiva natural de artistas e designers -que se desenvolvem na ambiguidade - se tornou vital para os líderes. O novo tipo de liderança hoje em dia é a criativa.
Eu acredito que a liderança criativa é o que precisamos buscar atualmente. As características mais importantes desse tipo de modelo são: liderar pela inspiração, não pelo medo, pela criação de redes de contato, e não pela hierarquia, e pela experimentação e pela iteração, em vez da finalização.
Qual a importância de combinar técnica e sensibilidade? Como isso impacta grandes empresas?
Artistas e designers, em parceria com aqueles que desenvolvem soluções técnicas e científicas, são os únicos que podem responder questões profundas, humanizar o problema e criar respostas compatíveis com nossos valores. E é isso que irá nos mover para a frente. Mais do que nunca, nós precisamos de uma conexão com o consumidor como ser humano. Isso começa quando fundimos esse processo com a arte, o design e o pensamento crítico. O sucesso de empresas como o AirBnb (site para aluguel de hospedagens) evidencia como uma experiência bem desenhada é o que faz o sucesso de uma companhia nos dias de hoje.
Quais são os exemplos de benefícios gerados pela integração da ciência e das artes no mercado?
Os artistas e os cientistas tendem a encarar os problemas com mente aberta e inquietude. E ambos não temem o desconhecido, preferindo dar saltos, em vez de passos consecutivos. Eles se tornam parceiros naturais. Com esse pensamento complementar, há um grande potencial quando eles colaboram de forma contrabalançada, gerando resultados inesperados, que podem ser muito mais valiosos do que quando esses profissionais trabalham separados.
Alguns dos novos e mais poderosos produtos no mercado americano vêm da combinação entre design e tecnologia. A arte e o design são responsáveis por realmente promover inovação e, portanto, negócios de sucesso no século 21


John Maeda