A arte é composta de quatro mil trabalhos feitos por 81 artistas e integra ações paralelas do 4.º Salão Nacional de Cerâmica, que será aberto em Curitiba no próximo dia 17
Compartilhado da gazeta do Povo - Publicado em 05/12/2013 | ISADORA RUPP
Bruno Covello/Gazeta do Povo
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Quem passou pelos arredores do Museu Oscar Niemeyer (MON) ao longo da semana se deparou com uma “plantação” bastante inusitada: mais de 4 mil flores de cerâmica brancas estão espalhadas pelo gramado
Confira
Instalação Flores de Cerâmica
Museu Oscar Niemeyer (R. Marechal Hermes, 999, Centro Cívico, (41) 3350-4400. No jardim central, próximo ao espelho d’água. Inauguração hoje, às 18h30. A intervenção fica em cartaz até o dia 20 de janeiro de 2014.
No jardim, é possível ver de tudo: desde flores mais tradicionais até quadradas, com texturas, e com formas do corpo humano, presas com hastes flexíveis – para a obra, foi necessário usar mais de uma tonelada de materiais. “A nossa intenção é sensibilizar as pessoas para a arte da cerâmica, que é complexa, treinar esse olhar”, diz a coordenadora artística do Salão, Marilia Diaz.
Está dando certo: segundo ela, muitas mães com bebês que passeiam diariamente na região já pararam para saber do que se tratava, bem como os turistas estrangeiros em visita ao MON. “Até as serventes nos disseram que querem começar a almoçar no jardim”, conta Marilia.
Ceramista há 30 anos e professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a artista salienta que o trabalho ajudará também a chamar a atenção do público para o ofício. “Há muita gente fazendo cerâmica em Curitiba, e Campo Largo [na Região Metropolitana] sobrevive dela. É algo que está muito presente”, frisa.
Entre os artistas responsáveis pelo jardim está Eliane Prolik, curitibana que expôs em importantes coletivas, como a Bienal de São Paulo, e tem obras em coleções como a da Pinacoteca de São Paulo e o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, e Maria Helena Saparolli, responsável pelas execuções de murais de Poty Lazzarotto pela cidade.
A primeira professora de cerâmica de Marilia, Lirdi Mueller Jorge, também está entre as convidadas. Estão na equipe, ainda, Rossana Guimarães, Juliane Fuganti, Glauco Menta, Lígia Borba, entre outros.
Expansão
Os artistas gostaram tanto da elaboração do jardim que muitos extrapolaram o limite inicial de 50 flores por pessoa. Com isso, a instalação cresceu. “Devemos passar das 4 mil estabelecidas”, diz Marilia, que determinou a cor branca para combinar com o prédio do MON. “Vai contrapor-se ao gramado, e combina muito com o museu. Também escolhi a cor por remeter à paz, que tem a ver com essa época do ano.”
O Salão Nacional de Cerâmica é promovido pela Sociedade Amigos de Alfredo Andersen (SAAA), e apresentará 30 artistas e 56 obras inéditas que representam a produção contemporânea da cerâmica brasileira. No MON, a instalação de flores fica em cartaz até o dia 20 de janeiro de 201
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