sábado, 25 de maio de 2013

ARTE? Artista tira terço do anus em Salão de Artes .....





“Artista” plástico e tira um terço do anus em Salão de Artes Visuais em Natal


Uma performance do artista plástico Pedro Costa, realizada no 13º Salão de Artes Visuais de Natal na sexta-feira passada, está causando polêmica. Membro do grupo “Solange Tô Aberta!”***Costa tirou a roupa em frente ao público e, de quatro, tirou um terço… do ânus. A performance foi filmada e está em exibição, na galeria Newton Navarro, da Funcarte. O terço também está sendo exposto. O Salão, promovido pela Prefeitura de Natal, ficou aberto à visitação até 30 de abril. O artista explicou que sua obra representa a “a descolonização do corpo através da excretação [sic] do terço, um dos símbolos do domínio colonialista”.

Salão artes visuais performance pedrx
Há poucos meses lancei um livro intitulado “A Grande Feira – Uma reação ao vale-tudo na arte contemporânea”.  Uma das obras que cito como sintomática da situação de deriva e da falta de critérios de julgamento na arte contemporânea é “Piss Christ”, do artista internacionalmente aclamado Andres Serrano. Trata-se da fotografia de um crucifixo mergulhado em urina. Se esse tipo de obra é reconhecido e valorizado pelo sistema da arte, é natural que vire modelo a ser copiado, em países periféricos, por artistas em busca de 15 minutos de fama.
O que chama a atenção é o silêncio da classe artística diante dos exemplos de extravagâncias e escatologias que se multiplicam, apresentadas como arte em museus e galerias como obras relevantes e inovadoras. Há dois anos, quando o artista costa-riquenho Guillermo Habacuc amarrou um cachorro faminto no canto de uma galeria, os protestos vieram de sociedades protetoras de animais. Idem no mês passado, quando o belga Wim Delvoye expôs porcos com tatuagens de Jesus Cristo e de Aparecida.
Cadê a sociedade protetora da arte?
*** Grupo Solange To Aberta – Banda brasileira de música eletrônica. “Fazemos apo­lo­gia ao tra­ves­tismo e somos con­tra os dog­mas da igreja cató­lica, o bina­rismo e a hete­ro­nor­ma­ti­vi­dade. Apoiamos a lega­li­za­ção do aborto, o movi­mento negro, o movi­mento GLBTT, as mulhe­res e todos os sujei­tos silen­ci­a­dos.” Fonte: http://revistaogrito.ne10.uol.com.br/page/blog/2008/01/14/entrevista-solange-to-aberta/
por Luciano Trigo
Fonte: http://g1.globo.com/platb/maquinadeescrever/2010/03/27/performance-em-natal-gera-polemica/

Ukiyo-e Heroes - Arte japonesa iniciada em 1603 ...


| EXPOSIÇÃO MOSTRA O LADO POP DO UKIYO-E

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Durante 04 de março a 12 de abril o público paulistano pode ver  uma exposição inédita, unindo mangá e artes plásticas. É o  projeto “Ukiyo-e Heroes”, com 15 obras (xilogravuras) do ilustrador norte-americano Jed Henry, que  foram expostas  no JOH MABE Espaço Arte & Cultura, no Jardim Paulista, em São Paulo.
Jed Henry une a  cultura pop à gravura tradicional japonesa,  resgatando  o próprio pensamento do Ukiyo-e.  Tal parceria não é impossível, como explica Fernando Saiki, autor do artigo sobre a prática da estampa japonesa no livro “Imagens do Japão II”, organizado por Christine Greiner e Marco Souza: “as  estampas japonesas, que encantaram os impressionistas europeus do século XIX, sobretudo pela nostalgia e exotismo, eram, na verdade, retratos da vida cotidiana e de ícones, tais como as cortesãs e os atores famosos, contemporâneos à época em que foram feitas”.
No sábado dia 02 de março aconteceu um bate papo e uma demonstração da técnica do “Mokuhanga “(Imagem impressa pela madeira) , com o ilustrador Jed Henry,  que visita o país pela primeira vez. O artista plástico brasileiro Fernando Saiki, que desenvolve obras em xilogravura japonesa, também participou do evento. A conversa, toda em inglês, teve tradução consecutiva para o português. 
Durante a passagem pelo Brasil, Jed também profere uma palestra fechada aos alunos da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo.
03.JedHenry.baixaUkiyo-e Heroes
O projeto iniciado em abril de 2012, em parceria com o gravador anglo-canadense residente em Tóquio, David Bull, já arrecadou U$ 313,000 na plataforma digital Kickstarter, ganhando destaque na mídia internacional, noticiado no jornal The Japan Times, na revista GQ, no site CCN Money e na versão digital da revista Wired (edição japonesa e inglesa).
“Nosso principal objetivo é bombear a vitalidade de volta para esta forma de arte (Ukiyo-e), dando-lhe um apelo moderno, mas mantendo suas tradições”, afirma Jed.
Ukiyo-e
A tradução de Ukiyo-e (“Figuras de um mundo flutuante”), nascido no Japão durante o Período Edo (1603-1868), refere-se a um termo budista sobre a brevidade e a incerteza da vida. Sua criação reflete basicamente às mudanças comportamentais da época (como o nascimento da classe burguesa), em que arte agora era consumida não somente por samurais e a corte.
As primeiras gravuras eram realizadas para ilustrar histórias de livros, mas Ishikawa Moronobu (?-1694), considerado o pai do Ukiyo-e, cunhou a gravura Ichimai-e ou Ichimai-zuri, ou seja, folha avulsa, pensada de forma autônoma. Mas com Okumura Masanobu, que para ganhar mais liberdade de expressão abriu sua própria editora, que o ukiyo-e ganhou inovação, com o desenvolvimento da gravura de perspectiva (uki-e) e de pilastra (hashira-e). E o artista Suzuki Harunobu a elevou a um grau de complexidade e sofisticação, compondo imagens de até dez cores impressas em blocos diferentes.
A temática era variada, mas se concentrava na vida urbana e as cenas do cotidiano (cortesãs, lutadores de sumô e atores de teatro kabuki, também nascido na época), com destaque, para as paisagens, cidades japonesas e as inúmeras representações/vistas do monte Fuji, um dos maiores cartões postais nipônicos. Com a abertura do Japão ao Ocidente, na Era Meiji (1868-1912), e a popularização de métodos mais baratos, como a gravura em metal, litografia e a fotografia, o ukiyo-e cai em desuso. Usado como papel de embrulho de porcelanas e cerâmicas exportadas para Europa, iria influenciar drasticamente pintores impressionistas franceses, como Claude Monet.

Museu de Arte Contemporânea do Paraná apresenta Exposição Lugar InComum


LUGAR INCOMUM REÚNE TRÊS ARTISTAS NIKKEI DO PR

Instalação "Jardim", de Erica Kaminishi.
Instalação “Jardim”, de Erica Kaminishi.
As artistas paranaenses Erica Kaminishi, Sandra Hiromoto e Julia Ishida têm algo a mais em comum além dos sobrenomes japoneses. As três nasceram no Paraná e fizeram cursos de artes em Curitiba.  Erica estudou Artes na Faculdade de Artes do Paraná,  Sandra, Design na PUC-Paraná e Julia, pintura  na Escola de Música e Belas Artes do Paraná.
Além dos cursos de arte, Erica e Sandra têm em comum a experiência de já ter vivido/exposto no Japão. Erica a partir de 1999, quando começa a estudar artes em terras nipônicas. Em 2010  expôs na Aichi Triennale e em 2012, na Echigo Trienalle. Sandra expôs em Kobe, Ehime, Yokohama e Kumamoto, em 2008.
Julia tem uma experiência mais innerland,  mas tem um importante prêmio no 57o. Salão Paranaense, em 2005. Erica foi premiada pela Funarte em 2010  com a obra exposta agora em Curitiba, o prêmio Mostra de Artistas no Exterior da Fundação Bienal de São Paulo e a Bolsa Produção em Artes Visuais, pela Fundação Nomura, do Japão, em 2011. Já Sandra foi premiada no  Salon  National de Beaux-Arts no Museu do Louvre e na  Biennale d’Art Contemporain Brésilian, ambos em  Paris .
"Introspecção", de Julia Ishida. Foto: divulgação.
Introspecção, de Julia Ishida. Foto: divulgação.
A primeira vez em que as três artistas estiveram juntas foi na exposição Wakane – a arte visual nipo-brasileira no Paraná, um mapeamento da arte nikkei contemporânea do estado, organizado pela professora e pesquisadora  Rosimeire Odahara Graça. O trabalho rendeu um livro e uma exposição em 2003. A partir desse encontro, Sandra e Julia passaram a pensar numa nova exposição com artistas nikkei de Curitiba. A morte da ceramista Alice Yamamura e do ilustrador (entre outras habilidades) Claudio Seto, em 2008, desanimou o grupo. E a conversa passou a ser apenas entre elas e e Erica Kaminishi, que já estava morando no Japão.
A exposição Lugar InComum apresenta não apenas as afinidades culturais entre as artistas mas também o olhar de cada uma delas sobre a paisagem urbana. Erica Kaminishi traz a escultura “Jardim”, inspirada no jardim japonês tradicional – a obra recebeu o Prêmio Funarte em 2010; Julia, o tríptico “Introspecção” e Sandra, a intervenção com pintura “Outras paisagens”. As três obras simultaneamente se atraem e distanciam, tendo como tema a paisagem tradicional e a paisagem contemporânea.
A exposição abre nesta quarta-feira (22), às 19 horas, na sala Theodoro de Bona, do Museu de Arte Contemporânea do Paraná e permanece até 14 de julho.
MAC – Rua Desembargador Westphalen, 16 – Centro – Curitiba. Visitas de terça a sexta-feira, das 10 às 19 horas e sábado e domingo, das 10 às 16 horas.
"Outras paisagens", de Sandra Hiromoto.
Outras paisagens, de Sandra Hiromoto.