segunda-feira, 29 de julho de 2013

O PAPEL DO MOVIMENTO



Concurso de Pintura e Escultura / Catalunha - Espanha

Fundação das Artes e dos Artistas abre

Concurso de Escultura e pintura figurativas 

com artistas internacionais

José Manuel Infiesta e Antonio Lopez

Foto: EFE
BARCELONA, 26 jul (EFE) -
   O Concurso de Pintura e Escultura figurativa 2013 da Fundação de les Arts i els Artistes aberto pela primeira vez admissão de candidatos para artistas internacionais, atingindo 2.270 nomeações, com "nível extraordinário", como explicou em conferência de imprensa o arquiteto, diretor da fundação e diretor do Museu Europeu de Arte Moderna (meam) José Manuel Infiesta.
   O veredicto será anunciado na próxima segunda-feira após deliberações do júri - também internacionalizada nesta edição - composto pelos pintores Jacob Collins, Gottfried Helnwein, Antonio Lopez Garcia, Eduardo Naranjo e Nerdrum Odd e crítico Thomas Paredes , a galeria de Santiago Echeberría e Infiesta, enquanto prêmios serão apresentados em um evento de gala no dia 3 de outubro, quando inaugurar uma exposição dos vencedores, que decorrerá até 17 de novembro.
    A aceitação deste concurso "excedeu todas as expectativas" dos organizadores, que concedidas aos vencedores um prêmio de 36.000 euros, o Fundo de Aquisição de Escultura de 44.000 euros e um fundo a ser determinado para a compra de livros, a tempo pode fornecer muitas menções honrosas que julgar necessário.
   Infiesta explicou que os trabalhos apresentados ", explica muitas histórias e falam muitas línguas", em um retorno da pintura para os seres humanos após a frieza na arte contemporânea significa romper com a tradição, ele disse.
   Além disso, ele garantiu que este concurso tem a missão de dar a vida, a respiração e promoção para os criadores, para a sociedade de corrigir, de tempos em tempos, que "há coisas mais importantes do que dinheiro."
   "A sociedade não pode viver sem criadores, seria extremamente chato", previu Infiesta, que aplaudiu novamente artistas figurativos contar histórias com uma carga emocional, após o seu desaparecimento com o expressionismo, reiterou.

85 NACIONALID IES

    Artistas cadastrados vêm de todo o mundo, incluindo países como Cingapura e Nova Zelândia, exemplificou Infiesta, que também destacou a presença de artistas norte-americanos, com um total de 85 nacionalidades.
   Reuniões do júri serão incluídas em um documentário sobre o propósito da arte e o processo de criação de uma obra, e deverá ser assinada por Alvaro Fernandez Gonzalo Porras e o Ministério da Films Produção.
   O evento começou em 2006, com 900 indicações, e nas edições seguintes foram continuou a introdução de novas funcionalidades, tais como o alargamento da escultura, até recentemente aberto à participação internacional.


Leer más:  El Concurso de Pintura y Escultura Figurativas se abre a artistas internacionales  http://www.europapress.es/catalunya/noticia-concurso-pintura-escultura-figurativas-abre-artistas-internacionales-20130726172332.html#AqZ1gacVHIX5D9Tp
Consigue Links a tus Contenidos en  http://www.intentshare.com

terça-feira, 23 de julho de 2013

Dia 30 de julho no ESPAÇO CULTURAL DA CÂMARA MUNICIPAL


Museu do Louvre apresenta exposição especial dedicada ao pintor italiano Giotto

Senhorita Moriarty Giotto


 parece de mangá

Rosemary Standley, cantor do grupo Moriarty, Giotto se parece com um autor de mangá.  Ela diz que a pintura do Louvre "São Francisco de Assis recebe os Stigmata".
https://www.facebook.com/sharer/sharer.php?u=http%3A%2F%2Fwww.dailymotion.com%2Fvideo%2Fx11mbim_miss-moriarty-raconte-giotto-di-bondone_creation%23.Ue5az00c1LY.facebook#
Obra: São Francisco de Ass ise recebe os Stigmata
Giotto di Bondone (c. 1295-1300)
Este retábulo, provavelmente, uma capela na igreja de San Francesco, em Pisa (Itália) apresenta quatro episódios da vida de São Francisco de Assis. A parte principal, o pintor, formado na oficina de Cimabue, retrata São Francisco de Assis em oração no Monte Alverne recebe os estigmas de Cristo crucificado simbolizado por um serafim. Na parte inferior da tabela (o predella), encontramos o sonho do Papa Inocêncio III e aprova os estatutos da ordem franciscana e, finalmente, São Francisco Pregando aos pássaros. Assim, renovado Giotto pintura florentina, criando figuras vivas, figuras humanas expressivas quebrando com bizantino constantemente requentada, que mandou um recado para o historiador de arte André Chastel "Figuras de Giotto são controlados por olho ".
Pintura em painel de madeira -3,13 m x 1,63 m - Entrada do Museu do Louvre em 1813 (Sully asa, primeiro andar) Apresentação especial até 15 de julho, como parte de uma exposição especial dedicada ao pintor italiano. (Library of Radio France)
Crédito da foto (C) Museu do Louvre, Dist. RMN / Angèle Dequier

domingo, 21 de julho de 2013

PORTAL OUTROS QUADRINHOS

Outros Quadrinhos:

Site reúne webcomics do mundo todo 

em português

Compartilhado de Camila Garófalo

reproduçãoNo quesito “conhecer histórias desconhecidas” o formato HQ nos parece o mais acessível. Com esse intuito, o portal Outros Quadrinhos reúne quadrinhos de várias partes do mundo, criados exclusivamente para a internet. O acesso é gratuito.
São quadrinistas dos EUA, da Austrália, do Chile e do Canadá. A tradução e publicação de suas webcomics está em português do Brasil. O site estreia com sete séries: “Serena Rosa”, de Aaron Alexovich (EUA), “Tenebrosas Fofuras”, de Gisèle Lagacé e David Lumson (Canadá), “Falso Positivo”, de Mike Walton (EUA), “Lápis Zen”, de Gavin Aung Than (Austrália), “Mal S.A.”, de Brad Guigar (EUA), “Murder Book”, de Ed Brisson com artistas convidados (Canadá) e “Os Nós Ocultos”, de Juan Santapau (Chile).
O Outros Quadrinhos inclui funcionalidades como assinatura das séries em RSS. O site também já desenvolve planos para incluir novas webcomics no futuro próximo.

Sobre Outros Quadrinhos.

Criado para ser um intermediário entre HQs de diversos idiomas e o público brasileiro, o site Outros Quadrinhos publica webcomics gratuitamente e de forma seriada. O trabalho de produção é feito por uma equipe de profissionais e voluntários. A equipe do site também dá assessoria para autores interessados em apresentar seu trabalho para o público brasileiro.
São parceiros:
Informações:

Entre no universo de Mafalda  


Conheça o blog “Clube da Mafalda“. Um apanhado de tirinhas da criação do argentino Quino. Na página há mais de 500 tirinhas, disponíveis gratuitamente para leitura. As histórias de Mafalda, apresentam uma menina  preocupada com a humanidade e a paz mundial. Veja os desenhos da menina. 


sexta-feira, 12 de julho de 2013

Modigliani - Paixão pela Vida -


Texto muito bom: Imposição de temas faz artistas perderem seu Direito à liberdade de expressão .....

PARA QUEM VOCÊ TRABALHA INSTITUIÇÃO PÚBLICA?

A Associação dos Artistas Visuais de Valência, Alicante i Castelló (AVVAC), a Associação Valenciana de Críticos de Arte (AVCA) ea Associação de Galerias de Arte em Valencia (LA VAC) quer expressar publicamente o seu descontentamento com esta declaração e desacordo com a fundação da Segunda Convocação do projeto-3 CMCV,  no qual é apresentado um programa de ajuda para a promoção e divulgação de artistas emergentes de Valencia. Dentro deste programa, os projectos deste ano deve girar em torno do tema Janela Indiscreta (Alfred Hitchcock, 1954), com o tema da Branca de Neve no ano passado (em comemoração do 75 º aniversário da característica Disney).
Perplexo participou de uma segunda edição desta mesma chamada em que mais uma vez põe em causa a autonomia criativa de artistas por um Bolsas no imposição de um tema para eles. Com a publicação destas regras, mais uma vez torna-se evidente que o Consórcio de Museus não entendeu o que o exercício do artista, que se inicia com a pesquisa conceitual e delimitação de alguns parâmetros que são inseparáveis ​​de sua implementação física. Esta interferência no trabalho intelectual do artista representa para a nossa forma de desprezo pela profissão e dirigismo incompreensível que uma instituição que visa promover o acesso dos artistas aos canais de profissionais.
Com esta segunda chamada, como no Consórcio Museus anterior expressa a sua desconfiança a capacidade dos artistas de nossa região para sensibilizar os cidadãos para criações contemporâneas, da mesma forma que anula a liberdade do artista para desenvolver honestamente seu próprio discurso artístico profissional. Entendemos que esta é uma perda do direito à liberdade de expressão, a situação particularmente grave no caso de um campo, a arte, em que tal direito é inquestionável.
Refira-se que, após um hiato de vários anos desde o desaparecimento de Arte Visual Scholarship, o valenciano não promover qualquer outro tipo de assistência para os artistas visuais da região.Portanto, é necessário que esta chamada respeitar e permitir o exercício artístico rigorosamente e normalidade.
Portanto, expressamos nossa profunda discordância com o conteúdo das bases da chamada acima  Project-3 CMCV .

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Cidade do interior do PR vira zona franca do indie rock

Cidade do interior do PR vira zona franca do indie rock

JOTABÊ MEDEIROS - Agência Estado

É quase 2014 d.C. Toda a Gália está ocupada pelos romanos sertanejos universitários. Toda não, uma pequena aldeia ainda resiste ao invasor.
Assim adulterada, a lendária introdução dos gibis do Asterix parece cair como uma luva para a cidade de Paraíso do Norte, um enclave de rock?n?roll no meio de uma região dominada por agroboys e pela música sertaneja no norte do Paraná (a cerca de 520 km da capital, Curitiba).
Há seis anos, o prefeito, um quarentão inconformado com a falta de opções para o gênero na cidade, com o predomínio das picapes com caixas de som em cima tocando só sertanejo na frente dos bares e dos postos de gasolina, resolveu fazer uma aposta arriscada: organizou um festival que leva para a cidade de 12 mil habitantes bandas alternativas que quase ninguém conhece: Walverdes, Nevilton, Identidade, Superguidis, Cartolas , Relespública, Giovanni Caruso e o Escambau, Zeferina Bomba, Daniel Beleza e os Corações em Fúria.
Na primeira edição, o público estranhou um pouco: apenas 700 pessoas foram conferir a excentricidade do prefeito. Na segunda, já havia 1,3 mil pessoas, e o público foi crescendo a uma média de 700 pessoas por edição. Shows como os de Wander Wildner, em 2009, o de Matanzao, em 2011 e o do Cachorro Grande, em 2012, tiraram das tocas todos os camisetas pretas da região, que nesta sexta-feira, 12, se reúnem de novo na cidade.
Como no SWU, o festival oferece espaço em camping para quem vem de longe. O próprio prefeito enche sua casa de hóspedes. O festival quer ser conhecido nacionalmente pela "camaradagem", dizem moradores, que se esmeram na recepção aos que vêm de fora. No sábado, 13 as bandas todas são recebidas em um grande churrasco (que também implica em algumas jam sessions, pocket shows e apresentações misturadas).
Em 2009 houve um caso curioso: a banda Zeferina Bomba, de João Pessoa (PB) tocaria em Paraíso. Era, como de hábito, o mês de julho, mas estava mais frio do que de costume: 3ºC de temperatura. Estava de matar paraibano de frio. E o Ilson Barros, vocalista do Zeferina, desavisado, chegou à cidade só de shorts e camiseta. Os organizadores providenciaram roupas de frio para ele. No meio do show, ele saiu-se com essa: "Vim ao Paraíso do Rock e me deram de comer e me deram de vestir. Adorei este festival".
Deu tão certo que o prefeito, Carlos Vizzotto, foi reeleito. A oposição, ao contrário do que se pensa, nem chiou muito. "Nem é uma questão de oposição. Existe um preconceito em relação ao rock e roqueiros. Levei muita pancada no início, mas com o crescimento do festival em relação a público e mídia, que têm acompanhado e elogiado o Paraíso do Rock, as críticas foram diminuindo", conta.
A coisa foi encorpando e a fama do Paraíso do Rock chegou a outras partes do País. "Eu fui até lá em 2009 porque sou muito fã do Wander Wildner. Acabei conhecendo ele pessoalmente", comemora o médico gaúcho Francisco Carlos Luciani, que desde então tem por hábito deixar a cidade nessa época do ano e dirigir milhares de quilômetros desde o Rio Grande do Sul até o norte do Paraná para ir ao festival. "É muito legal, nunca me arrependi. Com certeza é algo inusitado, por causa do domínio absoluto da cultura sertaneja naquela região", analisa Luciani.
Num mundo de comportamentos padronizados e estandardizados, o Paraíso do Rock parece andar na contramão de tudo. "Quando dormi lá, fiquei hospedado na casa de um dos organizadores, pois na casa do prefeito já não cabia mais gente", conta o designer Jonas Davanço, da vizinha cidade de Cianorte, outro habitué do festival. "No sábado, todo ano rola um churrasco com as bandas, o irmão do prefeito é quem faz. É um dos melhores carneiros que já comi, cerveja gelada e os músicos se revezando em um microfone que fica lá à disposição. Foi lá que vi uma performance do Giovanni Caruso e sua esposa, uma paraguaia, tocando castanholas. Foi sensacional", celebra o designer.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. 

Exposição World Press Photo 2013


Exposição World Press Photo 2013.

Publicado em 9 de July de 2013 em Artes Visuais por Acha

Micah Albert, EUA
Micah Albert, EUA.
A Caixa Cultural Brasília apresenta, de 10 de julho a 8 de setembro, a exposição World Press Photo, que reúne 154 registros de 54 fotógrafos de 32 nacionalidades, com imagens que se destacaram na imprensa internacional em 2012. As fotografias exploram diversos temas, como política, economia, esportes, cultura e natureza.
Os vencedores da 56ª edição da World Press Photo (WPP) foram anunciados em Amsterdã, em fevereiro passado. O concurso atraiu fotógrafos de imprensa profissional e documentais do mundo todo. Para essa edição, foram apresentadas 103.481 imagens feitas por 5.666 fotógrafos de 124 países. A foto vencedora de 2013 foi a do sueco Paul Hansen, que retrata a imagem de duas crianças palestinas mortas, vítimas de um míssil israelita.
Na categoria Notícias em geral, destaque para a imagem do fotógrafo argentino Rodrigo Abd, que mostra uma mulher chorando em luto pelo marido e filhos mortos após um bombardeio na Síria. E, na categoria Notícias em destaque, a foto de Emin Özmen, da Turquia, captura a tortura de informantes presos pelo governo sírio. O Brasil também está na mostra com registros do fotógrafo carioca Felipe Dana e do belga Frederick Buyckx, ambos premiados com Menção Honrosa.
“A mostra traz à tona questões sociais e políticas importantes. Esse ano, o Brasil é retratado em dois momentos. Em um ensaio, o fotógrafo belga mostra o cotidiano de famílias depois da criação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em favelas do Rio. Em outro, o repórter fotográfico carioca tem a difícil e heroica missão de transmitir, em imagem, a dor e o desamparo de uma jovem viciada em crack,” explica a produtora Flávia Moretti, representante da instituição holandesa World Press Photo no Brasil. 
A World Press Photo foi fundada em 1955, em Amsterdã, e é uma organização independente sem fins lucrativos. É conhecida por realizar anualmente a maior e mais prestigiada seleção de fotojornalismo do mundo. As imagens dos vencedores são reunidas em uma exposição itinerante que percorre 100 cidades em 45 países.
Paul Hansen, Suécia.
Paul Hansen, Suécia.
Wei Seng Chen, Malásia.
Wei Seng Chen, Malásia.
Serviço: Exposição World Press Photo
Local: Caixa Cultural Brasília – Galeria Principal-SBS, Quadra 4, Lotes 3/4 – edifício anexo à matriz da Caixa
Visitação:
World Press Photo 2013 – de 10 de julho a 4 de agosto de 2013
World Press Photo Multimedia – de 9 de agosto a 8 de setembro de 2013
Informações: (61) 3206-9448 / 9449
Entrada franca

Vicente Todoli vai deixar Tate Modern no verão.

Museus se tornaram mastodontes, quando o certo é virar veleiro', diz ex-diretor da Tate

PUBLICIDADE
 
SILAS MARTÍ - Compartilhada da Folha de São Paulo.

Uma visão conceito arquitetônico do novo edifício na Tate Modern a partir do sul

Depois de 7 anos à frente da Tate Modern, em Londres, e um dos maiores responsáveis por modernizar a disposição do acervo do museu e atrair até 5 milhões de visitantes por ano às mostras do endereço britânico, Vicente Todolí cansou. Foi cultivar azeitonas na Espanha, onde nasceu, e se desligou do mundo da arte por um tempo.
Agora, Todolí, que também já dirigiu o Museu Serralves, no Porto, e o Museu Valenciano de Arte Moderna, em Valencia, na Espanha, volta à cena artística com um projeto tão grande quanto os 15 mil metros quadrados do Hangar Bicocca, centro cultural em Milão que terá o espanhol como diretor artístico para a próxima temporada.
Na agenda, além da enorme retrospectiva dedicada ao norte-americano Mike Kelley agora em cartaz, estão mostras de Dieter Roth, Ragnar Kjanrtansson, Juan Muñoz e do brasileiro Cildo Meireles, que terá remontadas no espaço suas maiores instalações até hoje, como "Através", "Desvio para o Vermelho" e "Abajur", a obra que montou na Bienal de São Paulo há três anos que usava homens de verdade como tração para girar uma enorme escultura.
Folha - Como foi dirigir a Tate Modern? Por que decidiu sair e se desligar por um tempo do mundo da arte?
Vicente Todolí - Foram sete anos de trabalho, e quando cheguei lá achei que já tinha dado o máximo. Esse é meu ciclo, nunca mais de sete anos num projeto. Gosto quando acredito que consigo concluir o projeto sem saber muito bem como vou fazer. Só sei que nunca mais na vida quero dirigir um museu. Na Tate, havia muitos dias em que me dava conta de nem ter falado de arte. Não quero mais gerenciar as coisas. Quero ser uma espécie de editor, ter um compromisso só com a arte e o público.
Uma foto de um homem em uma capa de chuva dentro de uma grande galeria
Vicente Todoli (acima) vai deixar Tate Modern no verão. © Pablo Goikoetxea
Como aceitou então a ideia de cuidar da programação do Hangar Bicocca?
Quando me ofereceram a direção do Hangar, eu recusei. Disse que não queria dirigir mais nada, que me interessava trabalhar 100% com arte e nada do que esteja ao redor dela.
Você já disse antes estar cansado do mundo arte. Como você define o mundo da arte?
Eu penso da seguinte forma: Se a arte é o sol, ao redor dela estão os planetas em círculos concêntricos. Muito perto da arte, estão as galerias, os museus, alguns mais perto outros mais longe, curadores e afins. Bem longe está a parte social, os vernissages, as aberturas de bienal e toda a fofoca. Tudo que tem a ver com ouvir e não ver é um murmúrio constante que me cansa e me impede de dedicar meu tempo e atenção à arte. Aqui há patrocinador e outros gerentes para cuidar de tudo, não tenho que arrecadar verbas, não me envolvo com a vida social. Isso me permite concentrar só na arte.
Mas você saiu da Tate Modern e agora veio para um lugar ainda maior. Como pretende ocupar esse espaço?
Aqui é diferente da sala das turbinas. Aquela sala, aliás, nem era boa para exposições. Aquilo era bom para obras site-specific, mas quando tentávamos fazer exposições da coleção ali era muito difícil. O espaço aqui é mais alto, sem interrupções. Quero fazer exposições para este espaço sem obstruções. Só isso é um desafio. Não teremos aqui arquitetura dentro da arquitetura, e a arquitetura também não poderá ir contra a arte. Esse espaço tem sua própria história. Teremos exposições especiais aqui, que seriam impossíveis de fazer em outros museus.
No programa já anunciado estão remontagens de algumas obras clássicas de artistas como o Juan Muñoz e o Cildo Meireles. Esse também será um lugar para retrospectivas?
A obra mais importante de Juan Muñoz foi a instalação "Double Bind", que ele montou na Tate Modern. Na Tate, eu não trabalhei nessa exposição. Mas aqui vamos reinstalar "Double Bind". O espaço não é igual, mas o espírito será o mesmo. E, em volta dessa obra, teremos grupos de esculturas e peças de chão. Em 2014, terão se passado 14 anos desde a primeira montagem. Isso será para a geração que não viu o original, além de uma oportunidade para ver obras que não tinham sido expostas junto dela.
Mas é importante lembrar que aqui não faremos reconstruções. Reinstalamos, não reconstruimos. Isso será só uma parte da exposição. Estou pensando não em reconstruir, mas reconstituir com sentido, pensar o que os artistas teriam feito se tivessem dez vezes mais espaço do que tiveram numa primeira ocasião. É a história vista a partir de agora. Eu sempre trabalhei com projetos históricos e contemporâneos, sempre mantive um equilíbrio. Para mim, é importante ter uma visão em 360 graus, olhar para todos os lados, para frente e para trás. Olhar só para trás ou só para a frente é muito pouco. A história é formada por tudo o que passou e o que também está acontecendo ainda. Se você se fecha, é como dirigir numa estrada sem retrovisor. Não gosto das estradas, prefiro as trilhas, os zigue-zagues. Uma pista expressa é rápida, mas não deixa apreciar a paisagem.
Sua mudança para Milão também implica sair de uma instituição pública e entrar na esfera privada. O que muda nessa nova dinâmica?
Isso serve para ser livre. Numa instituição pública, olham cada vez mais para números e vendas de ingressos. Com essa pressão, era difícil apresentar artistas menos conhecidos. E muita energia se gasta só na tentativa de assegurar recursos financeiros. Na Tate, eu tentava ter um equilíbrio. O problema é quando esse equilíbrio se perde e o museu passa a se pautar só pelos números.
É nessa hora que o museu perde sentido e se transforma em instituição financeira, copiando a linguagem e modelos do mundo dos negócios. Falam em concorrência e se referem a exposições como "produtos". Esse mundo não me interessa. O perigo que ronda as instituições de arte é usar a arte para atingir metas financeiras ou numéricas. Aqui me dão liberdade absoluta, talvez essa seja mesmo a saída. São instituições privadas hoje que podem bancar esse modelo, já que tem objetivos de longo prazo, abrindo caminhos. Muitos museus se tornaram mastodontes burocráticos, enquanto o certo seria reduzir, voltar ao modelo de um barco a vela, mais ágil.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Banalização da arte destrói a cultura, diz Vargas Llosa

Banalização da arte destrói a cultura, diz Vargas Llosa

Compartilhado da Livraria da Folha de São paulo / Ilustrada

"A Civilização do Espetáculo" questiona a transformação cultura em mero entretenimento. "A arte, a literatura e o cinema se trivializaram de tal maneira, que o espectador e o leitor vivem a ilusão de ser cultos e de estar na vanguarda de tudo com o mínimo esforço intelectual", escreve Mario Vargas Llosa.
Divulgação
A cultura atua como mero mecanismo de distração e entretenimento
Para Llosa, cultura atua como mero mecanismo de entretenimento
No livro, o autor peruano defende que a arte deveria ser uma espécie de consciência social, mas se tornou um mecanismo de distração fútil, com necessidade de reflexão mínima.
"A ingênua ideia de que, através da educação, se pode transmitir cultura à totalidade da sociedade está destruindo a 'alta cultura', pois a única maneira de conseguir essa democratização universal da cultura é empobrecendo-a, tornando-a cada dia mais superficial", diz.
Jornalista e crítico literário, Llosa nasceu em Arequipa, no Peru, em 1936. Mudou para Paris na década de 1960, lecionando em diversas universidades. Como autor, ganhou notoriedade com a publicação de "A Cidade e os Cães" (1961).
O escritor recebeu o prêmio Cervantes, Príncipe de Astúrias, PEN/Nabokov, Grinzane Cavour, e, em 2010, o Nobel de Literatura. Em 1990, candidatou-se à presidência do Peru, perdendo a eleição para Alberto Fujimori.

Roda Viva recebeu o filósofo esloveno Slavoj Žižek.

Notícia


"Ainda precisamos das ideologias"

O pensador e provocador, conhecido por enfileirar referências cultas e populares, analisou a geopolítica atual e falou das bases de seu último livro
Jornalismo
05/07/13 19:01 - Atualizado em 09/07/13 08:33
A edição da segunda-feira (8/7) do Roda Viva recebeu o filósofo esloveno Slavoj Žižek. Filosofia contemporânea, política global e o futuro da esquerda foram alguns dos temas debatidos ao longo desta edição.
Expansivo, Žižek discorreu sobre suas principais influências enquanto pensador, Karl Marx e Georg Hegel, mostrando como o pensamento de ambos se faz presente em seu trabalho e suas análises da atual conjuntura política e econômica do planeta. "Voltar a Hegel para mim é basicamente o desafio da esquerda hoje", afirmou.
Para Zizek, "todos os filósofos relevantes tentaram mudar o mundo profundamente com seu pensamento. O único que não pretendeu incorporar um discurso de mudança foi Hegel - e foi ele o que, ironicamente, mais transformou o mundo". O pensamento Hegeliano e seus desdobramentos hoje fornecem a base do último livro de Žižek - Menos que Nada: Hegel e a Sombra do Materialismo Dialético.
Žižek também usou seu arsenal teórico para refletir sobre os rumos do capitalismo global a partir da crise de 2008. "Os Estados têm um papel cada vez mais importante no Capitalismo", apontou, lembrando da ascensão econômica de países como a China e a Coréia do Sul. O pensador apontou para caminhos mais autocráticos do capitalismo hoje. "Os governos, mais do que nunca, têm de fornecer um poder central e regulatório para suas economias. E é por isso que sigo firme como um comunista", afirmou. "Vivemos em uma era totalmente cínica, ninguém leva as ideologias a sério. Mas ainda precisamos delas. A crise de 2008 foi uma crise do livre-mercado guiada pelos cínicos no poder. E não um produto do esgotamento do chamado welfare state".
Condensando filosofia com bases da psicanálise, enfileirando referências eruditas, populares e anedotas, Žižek - famoso pela expressividade de suas falas em palestras ao redor do mundo - comentou que não se importa "se pessoas aqui ou ali pensem que sou um palhaço. O que importa é que, em algum momento, eu as faça pensar".

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Obras de pintores mineiros são vetadas no Centro Cultural da Câmara dos Deputados










Obras de pintores mineiros são vetadas no Centro Cultural da Câmara dos Deputados

por Raíssa Pena | 26 de Junho de 2013




 

  • Nidin Sanches/Odin
    Leo Brizola ao lado de uma das telas recusadas: “O nu feminino é um clássico da história da arte”

    A arte é perigosa; se for casta, não é arte.” A frase ousada foi dita no século passado pelo gênio cubista Pablo Picasso (1881-1973). Caso estivesse negociando uma exposição na galeria da Câmara dos Deputados, em Brasília, o pintor de cenas de guerra e damas desnudas provavelmente teria problemas. Em menos de um ano, telas de dois artistas mineiros que continham cenas de nudez foram censuradas pela instituição. Em maio, o pintor Leo Brizola teve cinco obras de sua mostra individual recusadas. Para a diretora do Centro Cultural da Câmara, Isabel Flecha de Lima, os quadros apresentam cenas fortes, que podem afetar crianças e outros grupos sociais que eventualmente circulem pelo prédio. 

    Aprovado em edital de ocupação artística, Brizola já havia enviado para a gráfica os convites de seu vernissage quando recebeu a notícia. Entre os trabalhos questionados estava um díptico, obra composta de dois painéis complementares. Apenas uma das partes - a que mostrava um homem nu - foi vetada. “Quando eu soube disso, supus que quem havia tomado essa decisão não entendia de arte”, desabafa o artista. A diretoria do espaço até tentou negociar com ele e propôs que as telas fossem substituídas. Indignado, porém, o pintor preferiu cancelar a exposição. A partir deste sábado (22), as cinco obras barradas no Distrito Federal serão exibidas em Belo Horizonte (confira mais informações na pág. 69). No segundo semestre, ele voltará a Brasília para apresentar seus trabalhos no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Itamaraty. “Já fui informado pelo STF de que não haverá esse tipo de impasse por lá”, afirma. 

    Ao manifestar sua insatisfação nas redes sociais, Brizola recebeu o apoio de vários colegas do país, inclusive de dois que haviam passado pela mesma situação. Em 2012, o pintor mineiro Miguel Gontijo, conhecido nacionalmente por suas composições recheadas de ícones pop e sátiras políticas, teve dois trabalhos retirados de uma exposição que já estava montada na Câmara. Como protesto, ele não compareceu à abertura. Gontijo, que expôs em espaços prestigiados como o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e a sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, diz que essa foi a única vez em que telas suas foram recusadas. “Pior do que a censura é a forma como ela é executada, sempre com um pedido de perdão ou um ‘não foi bem assim que eu disse’”, lamenta. Quem também se solidarizou com Brizola foi a brasiliense Clarice Gonçalves. Em 2008, a jovem pintora teve quatro quadros retirados de uma mostra sua que já estava em cartaz. Segundo ela, as obras foram recusadas sob a alegação de que apresentavam “culto ao lesbianismo e pedofilia”. 

    Atual gestora do Centro Cultural da Câmara, Isabel argumenta que a galeria é um espaço público e, como tal, deve respeitar “as leis do bom senso” e o artigo 74 do Estatuto da Criança e do Adolescente. De acordo com o documento, espetáculos públicos devem ter classificação etária afixada à porta. “Se os artistas acham que isso é uma violência, que não venham mais”, diz a diretora. Um dos artistas afetados, Miguel Gontijo já tornou pública sua decisão. “Eu não voltarei enquanto esse espetáculo circense estiver armado.” Ao que parece, na Câmara, como na peça de Nelson Rodrigues (1912-1980), se for representada artisticamente, toda nudez será castigada.

    Veja os comentários na internet dos Artistas indignados.

    Parabéns a gestora Isabel pela inteligência .... No mínimo não tem noção do que é Arte quanto mais cuidar de um espaço cultural, deve ser alguém que gosta de brincar de "pendurar quadros" pois acha chique, cada um no seu quadrado. Espero que os Artistas se deem ao respeito e não pisem mais neste espaço quanto mais expôr suas obras....
    • Miguel Gontijo · Universidade Federal de Minas Gerais - Filosofia
      " “Se os artistas acham que isso é uma violência, que não venham mais”, diz a diretora...." diz o texto acima. Ignorância duplamente afirmada de quem dirige um espaço de arte.
    • Selma Weissmann · Professora na empresa ATELIER PRÓPRIO
      Tadinhas das Venus!!!
    • Rosangella Menezes · Escola Guignard - UEMG
      Cancelei minha exposição que seria realizada em agosto na mesma galeria, em solidariedade ao colega Leo Brizola. É muita falta de cultura para uma diretora de Centro Cultural!
    • Adão Rodrigues ·  · Belo Horizonte
      A diretora desse espaço de arte deve ter nascido de roupas, chapeu e sapatos…
    • Rosana Mendes Campos · Trabalha na empresa Painter
      Realmente, é absoolutamente coerente com a moral e ética dos parlamentares: cubram-se as "vergonhas", não deixe que o público veja! Só que a nudez e o Corpo Humano não é vergonhoso! O que eles parlamentares encobrem, isto sim, são verdades vergonhosas e vexaminosas.
    • Laio Rio ·  Quem mais comentou
      Em tempos de bancada evangélica faz sentido a senhora gestora recusar obras com nudez. Essa é a cara que nós queremos para o Brasil? Eu gostava mais quando nós vivíamos num Estado Laico.
    • Marco Duarte · Trabalha na empresa Shiatsu Terapeuta - Instrutor de Hatha yoga
      E assim também caminha a humanidade !!!
      • Cintia Thome
        um nojo ...tenho asco desse Brasil ignorante. Não tenho mais nenhum sentimento por nada mais nesse País que nega a seus cidadãos tudo e chupa a alma para o deleite dos poderosos insanos.Um Páis de gente cada vez mais alienada e sem preparo no poder de qualquer cargo. Onde vamos parar com a negação do Belo??? Caminhamos à massa falida, ao Caos dos grupos que ainda prestam nessa terra de ninguém. O Favoritismo ao Alto e ao baixo apenas o descaso...o Brasil enfraqueceu em todos os quesitos e quando enfraquece na admiração da Arte, nada mais existe e nem adianta buscar, já há falência...e o sofrimento virá.
      • Chagas Freitas ·  ·  Quem mais comentou
        É lamentável que o poder de criação de um artista seja barrado por um burocrata qualquer, que não entende de arte, mas tem sob si o poder inquisitório da caneta!
        • Armando Brizola · Universidade Federal de Minas Gerais
          Eles colocam uma ignorante em termos de arte para ser diretora desse espaco PUBLICO na Camara assim como colocam um preconceituoso na presidencia da comissao de minorias. Um circo....