Ezequiel Andrade Batista.
O ator, dramaturgo, diretor teatral e po
deste domingo, 26 de maio.
O velório acontece na Capela Saudade (Rua Balduíno
Taques, 994, em frente ao Cemitério São José, no Centro).
O sepultamento será às 16h30 de hoje (27/05), no
Cemitério Santo Antônio.
Cultura perde Ezequiel Andrade Batista
'Zecão' era um dos principais ativistas culturais de Ponta Grossa
compartilhado de Eduardo Godoy Cultura plural
Morte!!!
És tu?
Não faças escândalo
Apenas me possua
E me guarde
Nas profundezas de teu além
Não leve comigo ninguém
Nem mesmo a solidão
- Ezequiel Andrade -
"O tempo tempou" para Ezequiel Andrade Batista (Zecão). O ator, dramaturgo, diretor teatral e poeta faleceu na tarde deste domingo, 26 de maio. Muito reconhecido pelo seu trabalho cultural em Ponta Grossa, Ezequiel foi atropelado em frente ao restaurante em que trabalhava, nas proximidades de Curitiba, ao voltar para pegar a carteira que tinha caído quando atravessava a rua.
Há menos de três meses, o pai, Brasileiro de Andrade Batista (proprietário do tradicional bar Brasil por mais de 30 anos) havia falecido de câncer, aos 76 anos. Ezequiel deixa a mãe, Maria Brasileira, os irmãos Paulo ‘Cazuza’, Moisés e Dirlene, e uma filha, Kamile, de 19 anos. O velório acontece na Capela Saudade (Rua Balduíno Taques, 994, em frente ao Cemitério São José, no Centro). O sepultamento será às 16h30 de hoje (27/05), no Cemitério Santo Antônio.
Ezequiel Andrade Batista
Nascido em 23 de fevereiro de 1964, ‘Zecão’ ou 'Gargamel', como era conhecido, foi um dos principais ativistas do setor teatral de Ponta Grossa, batalhando pela profissionalização do teatro ponta-grossense. Com mais de 30 peças teatrais escritas, participou do Movimento Alternativo Arte Popular Independente (MAAPI) e do Grupo Matiz. Em 2008, lançou o livro ‘Poeta da Rua’ durante a Feira do Livro do SESC.
Participou da coletânea ‘Resistência’, com escritores que estudavam ou tinham ligação com a UEPG, como José Ruiter Cordeiro, Péricles Holleben de Melo e Eduardo Gusmão (o livro foi reeditado por Thaty Marcondes em 2007 e distribuído na Festa de São Jorge). Foi figurante nas gravações da minissérie ‘A Saga’ e do filme ‘Cafundó’ (premiado em 2005 no Festival de Gramado).
Uns de seus mais reconhecidos trabalhos eram os projetos de teatro com a participação de atores com deficiência visual e auditivos de escolas especiais de Ponta Grossa. Outro projeto que desenvolvia era levar teatro para hospitais. É autor das peças 'As flores de Dom Jardim', 'Semear sempre semear' e 'O Circo do Zabumbá', entre outras.