domingo, 31 de março de 2013

OS 5% QUE FAZEM A DIFERENÇA - HUDSON MENEZES

Os 5% que fazem a diferença Tínhamos uma aula de 

Fisiologia na escola de medicina logo após a semana 

da Pátria. Como a maioria dos alunos havia viajado 

aproveitando o feriado prolongado, todos estavam 

ansiosos para contar as novidades aos colegas e a 

excitação era geral. Um velho professor entrou na 

sala e imediatamente percebeu que iria ter trabalho 

para conseguir silêncio. Com grande dose de 

paciência tentou começar a aula, mas você acha que 

minha turma correspondeu? Que nada. Com um certo 

constrangimento, o professor tornou a pedir silêncio 

educadamente. Não adiantou, ignoramos a solicitação 

e continuamos firmes na conversa. Foi aí que o velho 

professor perdeu a paciência e deu a maior bronca 

que eu já presenciei. Veja o que ele disse: -“Prestem 

atenção porque eu vou falar isso uma única vez”, 

disse, levantando a voz e um silêncio carregado de 

culpa se instalou em toda a sala e o professor 

continuou. -“Desde que comecei a lecionar, isso já faz 

muitos anos, descobri que nós professores, 

trabalhamos apenas 5% dos alunos de uma turma. 

Em todos esses anos observei que de cada cem 

alunos, apenas cinco são realmente aqueles que 

fazem alguma diferença no futuro; apenas cinco se 

tornam profissionais brilhantes e contribuem de forma 

significativa para melhorar a qualidade de vida das 

pessoas. Os outros 95% servem apenas para fazer 

volume, são medíocres e passam pela vida sem deixar 

algo de útil. O interessante é que esta percentagem 

vale para todo mundo. Se vocês prestarem atenção 

notarão que de cem professores, apenas cinco são 

aqueles que fazem a diferença; de cem garçons, 

apenas cinco são excelentes; de cem motoristas de 

táxi, apenas cinco são verdadeiros profissionais; e 

podemos generalizar ainda mais: de cem pessoas, 

apenas cinco são verdadeiramente especiais. É uma 

pena muito grande não termos como separar estes 

5% do resto, pois se isso fosse possível, eu deixaria 

apenas os alunos especiais nesta sala e colocaria os 

demais para fora, então teria o silêncio necessário 

para dar uma boa aula e dormiria tranqüilo sabendo 

ter investido nos melhores. Mas, infelizmente não há 

como saber quais de vocês são estes alunos. Só o 

tempo é capaz da mostrar isso. Portanto, terei de me 

conformar e tentar dar uma aula para os alunos 

especiais, apesar da confusão que estará sendo feita 

pelo resto. Claro que cada um de vocês sempre pode 

escolher a qual grupo pertencerá. Obrigado pela 

atenção e vamos à aula de...”. Nem preciso dizer o 

silêncio que ficou na sala e o nível de atenção que o 

professor conseguiu após aquele discurso. Aliás, a 

bronca tocou fundo em todos nós, pois minha turma 

teve um comportamento exemplar em todas as aulas 

de Fisiologia durante todo o semestre; afinal quem 

gostaria de espontaneamente ser classificado como 

fazendo parte do resto? Hoje não me lembro muita 

coisa das aulas de Fisiologia, mas a bronca do 

professor eu nunca mais esqueci. Para mim, aquele 

professor foi um dos 5% que fizeram a diferença em 

minha vida. De fato, percebi que ele tinha razão e, 

desde então, tenho feito de tudo para ficar sempre no 

grupo dos 5%, mas, como ele disse, não como saber 

se estamos indo bem ou não; só o tempo dirá a que 

grupo pertencemos. Contudo, uma coisa é certa: se 

não tentarmos ser especiais em tudo o que fazemos, 

se não tentarmos fazer em tudo o melhor possível, 

seguramente sobraremos na turma do resto.

Hudson Menezes


sábado, 30 de março de 2013

Texto do Diretor de Teatro Zé Celso ....


Feliciano é a Ponta de Lança da Ameaça de Um Golpe de Estado

Feliciano é a Ponta de Lança da Ameaça de Um Golpe de Estado

Todos que trabalham com a Arte
ou mesmo com seres humanos 
e os que se sentem mortais, humanos,
estão putos com esta situação
na Comissão dos Direitos Humanos 
que anuncia coisa pior:
o Congresso agora vai votar por uma proposta-lei
dos Evangélicos Fundamentalistas 
pra derrubar o Estado Laico Brasileiro.
 
Esta ação política corresponde a um Golpe Militar no Estado Democrático Republicano Brasileiro,
que há mais de séculos tem sido, felizmente, um Estado Laico.
 
A regressão aos estados fundamentalistas tem sido a causa de inúmeras guerras e de situações estupradoras monstruosas dos direitos humanos em todo Planeta Terra.
 
Precisamos todos nos movimentar urgentemente para impedir este Golpe de Estado para não sermos condenados a desumanidade das Ditaduras das Religiões Fundamentalistas.
 
Este Infeliz Feliciano é a Ponta de Lança da Ameaça de Um Golpe de Estado tão nefasto quanto o de 1964.
 
Além dos artistas, nós todos, mortais humanos, que assim se aceitam
e que não temos versão única da vida, da “verdade”,
nem somos proprietários dela,
que amamos a liberdade 
temos de criar juntos meios
para que esta regressão nefasta de aprisionamento da vida aqui no Brasil não aconteça.
 
É trabalho não somente de artista, mas de todos os humanos que tem amor ao Poder de nossa Condição Humana livre de tutela da Boçalidade Fundamentalista de uma Verdade Única.
 
Zé CelsoZé celso

Todos que trabalham com a Arte
ou mesmo com seres humanos
e os que se sentem mortais, humanos,
estão putos com esta situação
na Comissão dos Direitos Humanos
que anuncia coisa pior:
o Congresso agora vai votar por uma proposta-lei
dos Evangélicos Fundamentalistas
pra derrubar o Estado Laico Brasileiro.

Esta ação política corresponde a um Golpe Militar no Estado Democrático Republicano Brasileiro,
que há mais de séculos tem sido, felizmente, um Estado Laico.

A regressão aos estados fundamentalistas tem sido a causa de inúmeras guerras e de situações estupradoras monstruosas dos direitos humanos em todo Planeta Terra.

Precisamos todos nos movimentar urgentemente para impedir este Golpe de Estado para não sermos condenados a desumanidade das Ditaduras das Religiões Fundamentalistas.

Este Infeliz Feliciano é a Ponta de Lança da Ameaça de Um Golpe de Estado tão nefasto quanto o de 1964.

Além dos artistas, nós todos, mortais humanos, que assim se aceitam
e que não temos versão única da vida, da “verdade”,
nem somos proprietários dela,
que amamos a liberdade
temos de criar juntos meios
para que esta regressão nefasta de aprisionamento da vida aqui no Brasil não aconteça.

É trabalho não somente de artista, mas de todos os humanos que tem amor ao Poder de nossa Condição Humana livre de tutela da Boçalidade Fundamentalista de uma Verdade Única.

Zé Celso

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Páscoa - Origens ...



As origens do termo  

A Páscoa é uma das datas comemorativas mais importantes entre as culturas ocidentais. A origem desta comemoração remonta muitos séculos atrás. O termo “Páscoa” tem uma origem religiosa que vem do latim Pascae. Na Grécia Antiga, este termo também é encontrado como Paska. Porém sua origem mais remota é entre os hebreus, onde aparece o termo Pesach, cujo significado é passagem. 







Entre as civilizações antigas  
Historiadores encontraram informações que levam a concluir que uma festa de passagem era comemorada entre povos europeus há milhares de anos atrás. Principalmente na região do Mediterrâneo, algumas sociedades, entre elas a grega, festejavam a passagem do inverno para a primavera, durante o mês de março. Geralmente, esta festa era realizada na primeira lua cheia da época das flores. Entre os povos da antiguidade, o fim do inverno e o começo da primavera era de extrema importância, pois estava ligado a maiores chances de sobrevivência em função do rigoroso inverno que castigava a Europa, dificultando a produção de alimentos.


A Páscoa Judaica
Entre os judeus, esta data assume um significado muito importante, pois marca o êxodo deste povo do Egito, por volta de 1250 a.C, onde foram aprisionados pelos faraós durantes vários anos. Esta história encontra-se no Velho Testamento da Bíblia, no livro Êxodo. A Páscoa Judaica também está relacionada com a passagem dos hebreus pelo Mar Vermelho, onde liderados por Moises, fugiram do Egito.


Nesta data, os judeus fazem e comem o matzá (pão sem fermento) para lembrar a rápida fuga do Egito, quando não sobrou tempo para fermentar o pão.  


A Páscoa entre os cristãos
Entre os primeiros cristãos, esta data celebrava a ressurreição de Jesus Cristo (quando, após a morte, sua alma voltou a se unir ao seu corpo). O festejo era realizado no domingo seguinte a lua cheia posterior al equinócio da Primavera (21 de março).
Entre os cristãos, a semana anterior à Páscoa é considerada como Semana Santa. Esta semana tem início no Domingo de Ramos que marca a entrada de Jesus na cidade de Jerusalém  


A História do coelhinho da Páscoa e os ovos  
A figura do coelho está simbolicamente relacionada à esta data comemorativa, pois este animal representa a fertilidade. O coelho se reproduz rapidamente e em grandes quantidades. Entre os povos da antiguidade, a fertilidade era sinônimo de preservação da espécie e melhores condições de vida, numa época onde o índice de mortalidade era altíssimo. No Egito Antigo, por exemplo, o coelho representava o nascimento e a esperança de novas vidas.


Mas o que a reprodução tem a ver com os significados religiosos da Páscoa? Tanto no significado judeu quanto no cristão, esta data relaciona-se com a esperança de uma vida nova. Já os ovos de Páscoa (de chocolate, enfeites, jóias), também estão neste contexto da fertilidade e da vida.


A figura do coelho da Páscoa foi trazido para a América pelos imigrantes alemães, entre o final do século XVII e início do XVIII

Arte na Câmara 2013

Dia 02 de abril ás 19 h abre a Exposição Fotográfica Itinerante do GUPE Grupo Universitário de pesquisas Espeleológicas.


sexta-feira, 29 de março de 2013

A cara de Curitiba ... Blog Sacizento


Matéria copiada do blog 


SACIZENTO


Figuras que fazem Curitiba ser Curitiba.


29

mar




Tesão! hoje  é o dia em que se comemora os 320 anos de Curitiba. Uma cidade maravilhosa e cheia de “Curitibanices” uma cidade  cheia de gurias e de piás, tranquila e sossegada, a cidade do leite quente e do pinhão vendido na praça Osório, tranquila em partes, tirando a região do Centro Cívico que é a região mais perigosa da cidade, se é que você me entendeu… O reste é tesão nem te conto!
Mas falando de coisas boas, e é o que mais tem em Curitiba, estamos homenageando nossa cidade com essas figuras maravilhosas que são nossos artistas e que você só encontra aqui, nessa cidade, é uma simbiose maravilhosa Curitiba jamais existiria sem essas pessoas que lhes dão essa identidade a cada dia. Com vocês “Nós” essas figuras nossas de cada dia.
Quem não conhece o Nelson Rabelo? Não sabemos quantas pessoas conhecem o Nelson mas, o Oil Man todo mundo conhece, ele anda sem a peita, mesmo que esteja maior frio, só de sunga e com o corpo cheio de óleo. Curitiba só temos óleos para você!
Diz aí, nunca ouviu esta mulher gritando “Borboleta 13, corre hoje!” Sim o que seria da Rua XV sem a mulher da borboleta 13? Me conta piá!
E o som do Plá você já ouviu? O Cara arrebenta na Rua XV, pare um dia lá pra levar um papo com ele e esqueça a correria.
Quando anoitece é possível ver um risco azul e amarelo rasgando o  céu da cidade. Quando ele aparece vioando e as pessoas se perguntam:  É um passáro? É um avião? Você acerta na mosca! É um passáro sim.  Não é um avião, mas tem umas meninas que acham ele muito bonito, estamos falando do Gralha o Herói Curitibano.
E o Hélio Leites piá? esse é daqueles que tinha que tirar um xerox dele e colocar em várias cidades por aí,  o cara é fera, de um botão ele faz um carnaval, de uma batedeira velha uma bailarina! Nem precisa falar mais o cara é massa!
Efigênia Rolim, essa vovózinha é uma figura, ela é a Rainha do Papel e com a mesma agilidade que ela faz um passarinho de papel ele se joga no chão, salta, pula e rodopia! Não conheço ninguém que faça tudo isso com 80 anos de idade! Você jamais verá Efigênia com cara de tristeza, e muito menos nós curitibanos que temos a Efigênia.
O Palhaço da RuaXV, esse cara que fica seguindo os outros e imitando… Cara você algumas vezes enche o saco! Mas você já pensou o que seria da Rua XV sem o Palhaço? Ia ser mais ou menos como aqueles almoços de Domingo com frango e polenta e de repente alguém esqueceu de levar o frango, ou esqueceram de convidar aquele tio legal que faz todo o mundo rir!  Curitiba sem essas pessoas seria mais ou menos assim, tipo inverno sem pinhão e quentão,  sem graça. Obrigado
Curitiba é um tesão! Nem te conto!

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quinta-feira, 28 de março de 2013

Eddy do Lixo ao Luxo – Festival de Teatro de Curitiba


‘Eddy do Lixo ao Luxo’ estreia no Festival de Curitiba
Nos dias 3, 4, 5 e 7, o Memorial de Curitiba receberá a peça ‘Eddy do Lixo ao Luxo’, que tem os atores paranaenses Edson Eddel e Maite Schneider como protagonistas. 
A comédia conta a vida de um jovem filho de mãe rica. Eddy, sempre viveu à custa da mãe e inventando coisas para ocupar seu tempo, não visando ganhar dinheiro. A mãe o sustentava, mas não era presente. Com o passar do tempo o rapaz descobre o seu verdadeiro interesse e talento e começa criar trajes usando como matéria prima aquilo que era desperdiçado na mansão e considerado lixo. 

Os figurinos foram criados com materiais recicláveis para mostrar que a moda também é manifestação artística e, independe do material utilizado, o resultado final é o mesmo. “A moda é arte na medida em que supera o comum. É uma manifestação com linguagem própria que comunica emoções e pode criar valores, assim como a pintura, o teatro ou a música”, comenta Eddel.


Além de apresentar a moda como arte, Eddel também quer mostrar que o vestuário é um importante elemento social e cultural onde a sociedade se expressa e comunica. “Quero chamar a atenção da sociedade para a reciclagem. Hoje o luxo está na preservação do meio ambiente”, conta.

Papel, lacre de latas, jornal e plástico são os materiais usados na composição dos vestidos.



Elenco:
Edson Eddel
Kauane Pyl
Sérgio Colaço
Allyson Araujo
Maite Schneider
Maria da Graça Oliveira

Texto:
Edson Eddel


Serviço:
O quê: Eddy do Lixo ao Luxo – Festival de Teatro de Curitiba
Onde: Memorial de Curitiba – Sala Londrina
Rua Doutor Claudino dos Santos s/n°, São Francisco
Quando: 03/04 às 18h, 04/04 às 14h, 05/04 às 18h e 07/04 às 14h
Quanto: R$20,00 inteira e R$10,00 meia.

domingo, 24 de março de 2013

Folclore Ucraniano


Folclore Ucraniano.
PÊSSANKAS (Pysanky) - A tradição de pintar ovos é milenar entre os povos de origem eslava e está relacionada aos festejos da Primavera. Com a chegada do cristianismo na Ucrânia (988), a pêssanka passou a fazer parte das solenidades de Páscoa. As pessoas costumam fazê-las para passar o tempo durante as longas noites de inverno, com muita neve.
A palavra PÊSSANKA tem origem no verbo pessate – escrever. Estes ovos são presenteados a parentes e amigos no dia de Páscoa, como símbolos do renascimento da terra, na primavera que sempre traz novas esperanças. Com o cristianismo, passaram a representar a ressurreição.
Os elementos do desenho representam os bons desejos do presenteador para o presenteado. O galo significa desejos de riqueza e boa saúde; o peixe, fé e cristianismo; o ancinho e escadas, casamento; a flor, o amor; o trigo e galhos, boa colheita; o sol e estrelas, vida longa; a cruz, vida eterna; e árvores, juventude eterna.
Acredita-se que a pêssanka possui poderes de talismã e poder curativo para animais e homens ao serem tocadas nas partes afetadas. Para assegurar uma boa colheita rolavam-nas em aveia verde e enterravam-nas no solo. As boas crianças eram presenteadas com uma pêssanka antes da aurora. Já aos ancestrais falecidos era costume enterrar uma pêssanka em sua sepultura, denotando assim o sentido da imortalidade da alma.
Dentre as diversas variações das pêssankas, encontramos os “krachenkês” (de uma única cor, consumidos na manhã de Páscoa); os “malhovankê” (pintados com tinta óleo); Dreapankê (coloridos através de tintas naturais) e Lestovankê (feitos com apliques).
A origem das pêssankas não está somente no fato do ovo representar a vida, mas também no fato de ser produzido por aves, os únicos animais capazes de se aproximarem do antigo deus eslavo do sol. 

(Foto e arte de Joanita Cheliga, Mallet, PR)


     










 


PÊSSANKAS (Pysanky) - A tradição de pintar ovos é milenar entre os povos de origem 
eslava e está relacionada aos festejos da Primavera. Com a chegada do cristianismo na 
Ucrânia (988), a pêssanka passou a fazer parte das solenidades de Páscoa. As pessoas 
costumam fazê-las para passar o tempo durante as longas noites de inverno, com muita 
neve.
A palavra PÊSSANKA tem origem no verbo pessate – escrever. Estes ovos são 
presenteados a parentes e amigos no dia de Páscoa, como símbolos do renascimento da 
terra, na primavera que sempre traz novas esperanças. Com o cristianismo, passaram a 
representar a ressurreição.
Os elementos do desenho representam os bons desejos do presenteador para o 
presenteado. O galo significa desejos de riqueza e boa saúde; o peixe, fé e cristianismo; o 
ancinho e escadas, casamento; a flor, o amor; o trigo e galhos, boa colheita; o sol e 
estrelas, vida longa; a cruz, vida eterna; e árvores, juventude eterna.
Acredita-se que a pêssanka possui poderes de talismã e poder curativo para animais e 
homens ao serem tocadas nas partes afetadas. Para assegurar uma boa colheita rolavam-
nas em aveia verde e enterravam-nas no solo. As boas crianças eram presenteadas com 
uma pêssanka antes da aurora. Já aos ancestrais falecidos era costume enterrar uma 
pêssanka em sua sepultura, denotando assim o sentido da imortalidade da alma.
Dentre as diversas variações das pêssankas, encontramos os “krachenkês” (de uma única 
cor, consumidos na manhã de Páscoa); os “malhovankê” (pintados com tinta óleo); 
Dreapankê (coloridos através de tintas naturais) e Lestovankê (feitos com apliques).
A origem das pêssankas não está somente no fato do ovo representar a vida, mas também 
no fato de ser produzido por aves, os únicos animais capazes de se aproximarem do 
antigo deus eslavo do sol. 

(Foto e arte de Joanita Cheliga, Mallet, PR)

MANIFESTO - MIMMO DIGIORGIO


  • Manifesto

    A responsabilidade, pela situação na qual me encontro comprometido com a Arte, pelos benefícios que ela me traz, pelas satisfações que me proporciona, de respeitar os princípios Éticos de harmonia e sinergia em prol de todas a classe artísticas.
    Desde os primórdios, a Arte é baseada em noções, que de regra, são imutáveis, mas ao mesmo tempo passiveis de um processo estrutural e criativo, capaz de proceder com o desenvolvimento evolutivo e natural humano em todos os seus valores. Justiça, autonomia responsabilidade, igualdade, beneficência e não maleficência são princípios que devem estar presentes no cotidiano de nossas ações. Este conjunto compõe a dignidade de nossa profissão.

    A Arte distingue-se de outras profissões, pois trabalha calcada em parâmetros de ambiguidade cultural de moralidade a desconfianças. Por isso a ética profissional deve ser o valor intrínseco a nortear o seu exercício, sigilo e bom senso.
    Acredito que a grande missão, nesta vida é a busca da felicidade e a harmonia com o meio em que estamos inseridos.
    Nossa profissão, pela capacidade de modificar rumos, inspirar, acalmar, divertir, levando promoção, educação, cultura e saúde, é fonte inesgotável de felicidade. Mas é difícil imaginar como atingir esta meta justamente se o lado profissional nos aflige. Vivemos um tempo de baixa valorização do nosso trabalho, bem como um descaso para com a assistência à saúde em nosso oficio.

    Nossa profissão está em risco e em xeque está nossa ética, pois como um elástico está sendo esticada aos limites determinados pela conveniência individual e muitas vezes mercantilista. A Arte nos deu e dá tanto e o mínimo que podemos oferecer em troca é a defesa de seus princípios. Empenhamo-nos em descrever e interpretar um processo sócio cultural complexo crivado de ambiguidade e contradição. Devemos à sociedade a responsabilidade de uma consciência politica própria, a respeito das idiossincrasias culturais, e individuais.

    Estamos vivenciando uma modificação da sociedade. A discussão de dilemas morais está cada vez mais presente nos conceitos do publico. A Arte como profissão que mais carrega esse tipo de discussão, também está mudando. A ideia de que a Arte com o proposito de entretenimento já não satisfaz. Hoje é vista como um meio terapêutico, de bem estar e lazer, sobretudo no âmbito educacional, de aprendizado. Facultando professores e alunos, a qual necessitam novos rumos de comunicação interpessoal.

    Em vista do aparente descredito pelo dessaber geral e a falta de transparência. Pela agressão moral imposta pelo modismo da propaganda. Pela clareza de ser uma profissão já reconhecida dentro da sociedade, onde o pagamento pelo serviço prestado tem caminhado dos honorários para remuneração ou salários, com a tendência de lhe ser aplicado a mesma legislação trabalhista que de outras profissões. Dessa forma o artista espera o reconhecimento de seus diretos como qualquer outro profissional especialmente em uma lógica de mercado que explora o seu conhecimento, suor e saúde em prol de um lucro financeiro e politico desmedido.

    A isso se soma uma das mais frequentes reivindicações dos Artistas do mundo todo, que tem que formalizar e atualizar sua própria linguagem artística, dar forma e conteúdo projetístico, viabilizar e financiar seus saberes estéticos, culturais e materiais, exigência necessária para uma aproximação ao mercado e das praticas curatoriais entre outros, muitas vezes longe dos seus princípios morais, sem contar o exaustivo processo de criação, é a falta de espaço para os valores humanos nas estruturas econômica e social, que movida por campos mais amplos de hermenêutica, no que diz respeito à visão completa do mundo e dos paradoxos que ele conte e das idiossincrasias do próprio meio, mas, sobretudo no de convívio familiar, já carentes de informação, o que produz um choque direto na afetividade e sensibilidade do individuo, afastando-o muitas vezes da realidade desoladora que o estereotipa e o descrimina e marginaliza e o torna vulnerável, temos ainda que mendigar pelo patrocínio, levar-nos a tapa para ser-nos contemplados em editais.
    Urge a consciência de se criar valores justos e proporcionais ao nível de complexidade e responsabilidade que o artista pratica, para que a qualidade de sua obra e sua autonomia não seja atacada. Bem como revisamento das leis de incentivo para suprir a falta de praticidade e flexibilidade que encontra-se na captação de recursos, que aja isonomia e real distribuição dos recursos, destinados a cultura.
    Pela necessidade de espirito de inovação a maioria dos Artistas em praxe e de forma natural tende a expressar eticamente uma produção própria e não comercial. Porem manifesta-se de forma hibrida e muitas vezes neofilica, ao qual, naturalmente contrasta-se com o neofobismo das classes dirigentes atrasando o processo de evolução humana e comportamental. (Lembro que o significado da palavra educar é, valorizar, compreender, incentivar). Portanto os incentivos deveriam favorecer essa classe de artistas, Sendo que eticamente os ônus são obtidos exclusivamente por meio do próprio trabalho, sem produção, sem nem um tipo de artificio, sob pena de prejudicar nosso juízo.
    Uma das evidências de uma vida plena é a presença da capacidade de sonhar e de manter a esperança diante das adversidades. Este é o primeiro esboço: não perdemos a esperança, até porque outras pessoas dependem desta, como nossos familiares, apreciadores publico, colegas, alunos ou amigos. Não podemos nos esquecer de que somos modelos, exemplos, ídolos, para os que nos rodeiam.
    A vida sem esperança se torna vazia, sem sentidos, sem prazer, como se fossemos automas ligados as um “remote control”. Na verdade quando somos angustiados, perdemos o controle, o sentido de direção, tendendo ao desespero e desânimos. Inicialmente procuramos um culpado. Empenhamo-nos em descrever e interpretar um processo sociocultural complexo crivado de ambiguidade e contradição, alimentando nossa mágoa, e piorando a situação, nos prendendo a certos conceitos que estão no passado, dificultando enxergar projetos futuros, nos isolando. Ficamos inconformados, mas sem poder ou objetivos de reação, queremos mudar o coletivo, mas não trabalhamos o básico: o individual, que somos nós mesmos. Pior quando sabemos da necessidade de mutação interior e que isolando-nos conseguimos chegar ao que gostaríamos de ver acontecer, perdendo o contato com o mundo exterior. A isso se soma a aspiração a forma de se viver acima do comunismo, e a pressões da ideologia mercadológica capitalistas que também contaminam a cultura contemporânea.
    Somos isso!. Esta é minha visão, ao qual cabe questionamento, mas com certeza tem uma terapêutica já bem comprovada ao longo da história da humanidade e da bagagem técnica, cultural e cientifica de todas as viagens pelo mundo a fora, o assimilar de todas as linguagens possíveis me confere um conteúdo global da real situação no mundo das Artes e dos artistas.
    União e solidariedade. Se conseguirmos resgatar o espirito de corpo, sem o cooperativismo desmedido e tendencioso, mas onde cada um desenvolve seu papel em prol de uma coletividade, com certeza as angustias serão muitos menores. Se cada um tentar resolver seus problemas individualmente, buscando atalhos e sobretudos com mecanismos que passam ao largo da ética, aumentaremos ainda mais o desânimo e a distancia. Ao final, todos estamos do mesmo lado com uma profissão desacreditada. Devemos lembrar que o respeito que queremos vem, inicialmente de dentro de cada um de nós. Porem somos uma classe heterogênea, talvez com interesses distintos, mas em comum temos a missão de salvaguardar sonhos para toda humanidade. 

    MIMMO DIGIORGIO