terça-feira, 22 de janeiro de 2013

CRÍTICO DE ARTE / Fonte Info Escola


crítico de arte ...

 atua no grupo social no sentido de executar um estudo pormenorizado e crítico da criação artística em pauta no período em que ele exerce o seu ofício. As pesquisas em torno da produção de artistas mais antigos pertencem a outro universo, o da História da Arte.

Em uma visão panorâmica, os textos que abrangem a arte e seus criadores são enquadrados na esfera da crítica de arte, conforme consta na bibliografia referente a esta categoria do conhecimento. Na acepção literal a crítica das artes visuais está relacionada à ação de determinar o significado preciso das obras criadas pelos artistas e aos juízos de valor expressos sobre as mesmas. Esta prática identifica as criações destes artífices como resultantes de elaborações artísticas.
O crítico dá sentido, emite pareceres, analisa e manifesta seu gosto pelo produto do ofício criador. Normalmente ele opina sobre as obras em importantes canais da mídia ou nos veículos especializados no tema. É muito comum a ligação destas críticas com os grupos social e economicamente mais elevados, particularmente no mundo ocidental. Talvez por esta razão ela seja geralmente rotulada de retrógrada, embora seu papel principal seja o de atuar como um poder revolucionário.
A crítica nasceu por volta do século XVIII, tendo como cenários os salões literários e artísticos. Ela também pontuava em meio a mostras regulares e se desenvolvia paralelamente ao crescimento dos consumidores de arte e da própria mídia. É mais ou menos nessa ocasião que se tenta inicialmente diferenciar com clareza a crítica e a história da arte.
Um campo pertence ao historiador, profissional que se volta para épocas passadas; o outro está ao alcance do crítico de arte, o qual se preocupa em avaliar as obras que lhe são contemporâneas. Apesar de tudo, ainda é difícil fixar fronteiras nítidas entre as duas esferas de atuação, pois ambas estão inevitavelmente entrelaçadas. As reflexões sobre o belo, no campo estético, nutrem tanto as concepções críticas quanto as investigações da história da arte.
Em nosso país o despertar da crítica de arte está vinculado à instituição da Academia Imperial das Belas Artes, a Aiba, no Rio de Janeiro, em 1826. Este evento introduz a aprendizagem do estilo artístico oficial no Brasil. Seu primeiro destaque é o pintor, crítico e historiador de arte Manuel de Araújo Porto-Alegre, o qual esteve à frente da instituição entre 1854 e 1857.
A crítica tem quase sempre um caráter polêmico, e dificilmente alcança a unanimidade. Geralmente o parecer do crítico destoa da opinião formada pelo público, e às vezes cria-se um mal-estar entre esta atividade analítica e a do artista.