segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Bienal de Curitiba 2013














Bienal Internacional de Curitiba – Vento Sul 20 Anos faz uma revisão das bienais como formato e deixa de lado a prática da escolha de um tema e título. Resultado da ascendência do curador sobre o sistema da arte, essa prática hoje pouco convence. O vinculo entre o tema/título e as obras apresentadas em qualquer bienal é tênue ou imaginário, uma vez que quase qualquer tema/título, sempre um recurso espetacular de publicidade, pode aplicar-se a quase todo agrupamento de obras – diante da ampla indiferença do público. Como as obras permanecem e os temas/títulos se esquecem, esta edição da Bienal de Curitiba será focada na escolha de obras que possam representar uma experiência estética significativa para a cidade. O único critério para a escolha dessas obras é o da qualidade/pertinência: elas devem impor-se  pela qualidade e serem capazes de apontar para algumas das inúmeras questões da arte contemporânea. Cada obra será seu próprio discurso. Nenhuma se submeterá ao logo do curador.
De todo modo, esta edição da Bienal de Curitiba abrirá especial espaço para aarte urbana, ator cada vez mais presente no cenário internacional e que se oferece a um contato direto e imediato com os usuários da cidade. Assim, a Bienal de Curitiba procurará deixar na cidade um resíduo artístico mais denso e duradouro que o habitual, inclusive por meio da instauração de laboratórios de reflexão e prática – LARPs — que buscarão apropriar-se das linhas de força contidas nas obras escolhidas e transformá-las em vetores de desdobramento da criação em Curitiba. As instituições de ensino e os diversos centros de reflexão da cidade – as escolas de arte,  arquitetura, comunicação, os institutos de pesquisa — terão um papel relevante no processo.
A Bienal é uma forma que, como tal, contém os traços gerais pelos quais se define o gênero a que pertence e os aspectos singulares de qualquer uma de suas manifestações eventuais. A forma-bienal é hoje uma entidade em conflito: esta edição da Bienal de Curitiba reafirma os traços gerais da forma-bienal e os contraria tanto quanto pode fazê-lo sem anulá-la. A história o fará, se for o caso.
Teixeira Coelho e Ticio Escobar

Curadoria geral

A curadoria geral da Bienal Internacional de Curitiba 2013 está sob responsabilidade de dois dos mais importantes nomes da crítica de arte na América Latina.
A proposta da curadoria geral é não atrelar nenhum conceito ou tema à edição comemorativa dos 20 anos da Bienal. “Teremos como tarefa escolher, do imenso universo de obras que constituem o estoque de arte contemporânea, aquelas que a seu ver dão materialidade a questões centrais da reflexão e criação contemporâneas em arte”, afirmaram Escobar e Teixeira Coelho. Isso, segundo eles, dará mais liberdade na escolha das obras, com base na qualidade e pertinência, critérios que serão levados em conta.
Confira o currículo dos curadores gerais:
Teixeira Coelho
Teixeira Coelho possui pós-doutorado na University of Maryland, EUA (2002), doutorado em Letras (Teoria Literária e Literatura Comparada) pela Universidade de São Paulo (1981), mestrado em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (1976) e graduação em Direito pela Universidade Guarulhos (1971). Atualmente é professor de Política Cultural da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, aposentado. É curador-coordenador do Museu de Arte de São Paulo-MASP. Foi Diretor do MAC-USP. Ex-Diretor do IDART (Departamento de Informação e Documentação Artística do Centro Cultural São Paulo). Foi professor de Teoria da Informação e Percepção Estética e de História da Arte da Faculdade de Arquitetura da Universidade Mackenzie. É especialista em Politica Cultural e colaborador da Catedra UNESCO de Politica Cultural da Universidad de Girona, Espanha. Bolsa de Residência no Centro de Estudos e Conferências de Bellagio – Itália. É consultor do Observatorio de Politica Cultural do Instituto tau Cultural, São Paulo. Curador de diversas exposições realizados no MAC-USP e no MASP. Autor de diversos livros sobre cultura e arte, é ficcionista (PremioPortugal Telecom 2007 pelo livro Historia Natural da Ditadura, publicado em 2006 pela Ed. Iluminuras.
Ticio Escobar
Ticio Escobar é licenciado em Filosofia, Direito e Ciências Sociais. Atua como professor, crítico de arte, conferencista e jurado em salões internacionais de arte. Autor de inúmeras publicações sobre suas especialidades, recebeu prêmios em vários países, entre eles o de Crítico de Arte do Ano (2011), da Associação Internacional de Críticos de Arte e o prêmio Príncipe Claus da Holanda para Cultura e o Desenvolvimento. De 1999 a 2004 dirigiu o programa “Identidades em Trânsito” promovido pela Fundação Rockefeller. Em 1998, ganhou a bolsa Guggenheim para estudar as relações entre imagem e o poder político. Foi curador geral da Trienal de Arte Contemporânea do Chile e da Mostra Outras Contemporaneidades Convivências Problemáticas na Bienal de Valência, Espanha. Foi curador da mostra Três Fronteiras da 6ª Bienal do Mercosul. Foi Ministro da Cultura do Paraguai, Secretário Municipal da Cultura da cidade de Assunção e Diretor do Centro de Artes Visuales / Museo Del Barro de Assunção.

Equipe da Bienal

Para realização da Bienal Internacional de Curitiba 2013, a comissão organizadora da Bienal selecionou uma equipe de competentes curadores convidados e consultores, que atuarão de acordo com diretrizes estabelecidas pela curadoria geral da Bienal.
A curadoria geral da Bienal de 2013 é dos experientes críticos de arte Teixeira Coelho e Ticio Escobar. Adriana Almada é curadora adjunta.
A coordenação curatorial é de Stephanie Dahn. Como curadores convidados foram definidos Tereza de Arruda, Maria Amélia Bulhões, Fabio Duarte, Fernando Ribeiro, Ricardo Corona e Tom Lisboa. Márcio Steuernagel e Michelle Moura são consultores curatoriais.
Denize Araujo assume a curadoria da mostra internacional de cinema da Bienal.
A ação educativa ficará sob responsabilidade de Guilherme Jaccon e Rosemeri Bittencourt Frachinski.

DICAS DE PINTURA / Cursos rápidos, todos podem ser Artistas.


Dicas e Truques:

Aprenda a criar um encache usando papel de jornal.

Cursos rápidos de técnicas de pintura na Europa são freqüentes, principalmente nas férias onde os turistas de todo Mundo querem ver, conhecer e aperfeiçoar-se nas principais cidades onde a Arte faz parte do dia a dia e está em todos os lugares. No Brasil em muitas cidades o atelier ainda funcionam como um local de bate papo ou confraternização de pessoas com tempo disponível para este lazer. Fora raras exceções Artistas reúnem-se para trabalhar, discutir e estudar sua produção artística. 
Com técnicas simples qualquer leigo pode sair de um atelier com um trabalho pronto em um curso rápido de férias, veja as dicas, caso tenha interessa em fazer um desses cursos ver no final do texto. 

Material: Tela branca, folha de jornal, tesoura, tinta acrílica ou aquarela, água e pincel com cerdas mole.

O uso de um encache é muito útil quando você quer fazer uma obra com transparência e leveza. O encache realizado aqui em um jornal e deve cobrir as superfícies que deseja deixar em branco. Depois de colocar o encache, aplicar a tinta com um pincel largo para desenhar com pinceladas grandes, mar e nuvens, sem se preocupar com o futuro em torno das velas do barco.

Dicas e Truques, Aprenda a fazer um cache de contatos usando um único papel de jornal

Em seguida, retire cuidadosamente o encache de papel de jornal. Você vai ver as formas ocultas inicialmente. Se a tinta foi muito diluída, é possível que escorra por baixo do encache. Mas você pode aproveitar esses efeitos quando você terminar com o pincel nas partes interiores ainda branco.
O encache de papel jornal também são adequados para grandes áreas. Eles usam ou rasgado ou cortado com tesoura. A tinta pode ser aplicada a seco ou diluída. Com esta técnica muito conveniente, é possível obter belas superfícies lisas, protegidos pelos encaches de jornal..
Através do uso de encache, o papel branco permanece intacto. As velas são pintadas com pincel leve dando um ar leve e transparente. Com uma aplicação uniforme da tinta, o céu parece fechado e consistente. use a sua criatividade para o toque final use tinta para pinturas em aquarela, mistura fina de aguada de tinta acrílica.

Cursos rápidos: Técnicas de pintura3 aulas valor sob consulta.CREArte - Centro de Referência e Ensino de ArteMais informações 42 9962 5952 

sábado, 29 de dezembro de 2012

MUSEU OSCAR NIEMEYER


Um olhar atento para a arte / texto de André Chiarati

Um museu vivo e em constante movimento. Assim é o Museu Oscar Niemeyer (MON), dedicado a exposições de artes visuais, arquitetura e design. Com mais de 17 mil metros quadrados de área expositiva, ostenta o título de maior espaço cultural desse tipo na América Latina, além de ter sido eleito recentemente um dos 20 mais belos do mundo pelo site norte-americano Flavorwire, especializado em cultura e crítica de arte. O museu é a única instituição latino-americana a integrar a seleta lista. “É um reconhecimento valioso para todos, principalmente para aqueles que idealizaram esse projeto e defenderam sua importância; e para Oscar Niemeyer, que o desenhou com seu traço singular e poético”, comenta Estela Sandrini, diretora do MON.
Ao longo de dez anos de história, o museu já realizou mais de 230 mostras e recebeu eventos e exposições importantes, como o TEDx Curitiba (2011), a Bienal Internacional de Curitiba (2011) e exposições sobre dadaísmo e surrealismo, Rembrandt e Tomie Ohtake. “A vinda de mostras internacionais para cá e o dinamismo da agenda fazem com que as pessoas se sintam sempre estimuladas a voltar, porque sabem que encontrarão, a cada visita, uma proposta diferenciada”, avalia Estela. As 20 mostras temporárias que passam pelo MON recebem por ano mais de 200 mil visitantes, uma média de 25 mil pessoas por mês.
Vários movimentos da cultura curitibana já pediam, desde os anos 1990, um grande museu, um lugar que pudesse receber as obras de arte do estado. “Era a reivindicação por um espaço que fosse completo e não fragmentado em relação à cronologia, às linguagens e aos movimentos artísticos, como eram os museus de arte de Curitiba até então”, relembra Ricardo Freire, historiador do MON. O espaço é administrado pela Associação dos Amigos do Museu Oscar Niemeyer (Aamon) em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura e possui um acervo de mais de 3 mil peças, com obras dos paranaenses Alfredo Andersen, João Turin, Theodoro De Bona, Miguel Bakun, Guido Viaro e Helena Wong, além de Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Candido Portinari e do próprio Oscar Niemeyer, entre outros.
Muito para ser vistoPara celebrar uma década, o MON preparou uma programação especial com três grandes mostras: Degas: Poesia Geral da Ação, com 73 esculturas do artista impressionista francês, do acervo do Museu de Arte de São Paulo (Masp); Di Cavalcanti, Brasil e Modernismo, retrospectiva com 80 obras de um dos mais expressivos artistas do período modernista da arte brasileira; e PR-BR – Produção de uma Imagem Simbólica do Paraná na Cultura Visual Brasileira, com obras do acervo do museu.
Ocupa o “olho” um filho ilustre da terra dos pinheiros, o poeta Paulo Leminski. Curitibano do “leite quente”, Leminski saiu pouco de sua cidade natal, mas sua obra ganhou dimensão dentro e fora do Brasil. Em Múltiplo Leminski é possível conhecer não só o poeta, mas o jornalista, o grafiteiro, o polemista. A exposição é um recorte da Ocupação Leminski: 20 Anos em Outras Esferas, organizada pelo Itaú Cultural em 2009.
Como forma de estimular e democratizar o acesso à cultura, o MON possui atividades educativas, como oficinas, debates e fóruns para os diferentes públicos que frequentam o local. Desde setembro de 2012, na primeira quinta-feira do mês, o horário de funcionamento é estendido, das 10h às 20h, e entre 18h e 20h a entrada é franca. Há, ainda, a ação chamada Domingo Social, também com entrada franca no primeiro domingo do mês, que traz outras atrações para o museu, como apresentações musicais e de dança e oficinas do projeto Artista do Acervo – uma interação dos diferentes artistas que têm obras na coleção do espaço e que estão em atividade.
Uma obra espetacular
O prédio de concreto branco e iluminação zenital, inaugurado em 1967 como Instituto de Educação do Paraná, infelizmente nunca exerceu tal função. Niemeyer, desgostoso por seu projeto não ter sido executado em sua totalidade e ainda ter sido usado para fins diferentes daqueles para os quais fora idealizado, não fazia muita questão de dizer que o filho era seu.
Mágoas à parte, em 2002, Jaime Lerner, arquiteto e urbanista, ao final do seu segundo mandato como governador (daí a pressa em terminar a obra), propôs que o lugar abrigasse um museu de arte contemporânea. Para tanto, Niemeyer redesenhou um museu metamorfose, que ocupava todo o edifício – com salas expositivas, biblioteca, auditório e café. Ao pavilhão branco, com 65 metros de vão-livre, foi anexado um grande salão expositivo em formato de olho (por isso o apelido de Museu do Olho), para abrigar exposições fixas e itinerantes. Suspensa em uma grande coluna – adornada por azulejos assinados pelo arquiteto e com rampas imponentes de concreto –, a torre chama a atenção e pode ser vista de vários lugares da cidade, fazendo dele um dos pontos turísticos mais visitados da capital paranaense.
O principal desafio do MON foi readequar o prédio e construir um anexo apenas alguns meses antes de sua inauguração. “Será tão bem-sucedida que o museu imaginado constituirá, sem dúvida, uma obra espetacular”, sentenciou o próprio Niemeyer ao descrever o projeto, que teve suas obras iniciadas em junho de 2002. Quatorze milhões de dólares e cinco meses depois, em 22 de novembro, surgia o novo museu, que, inicialmente, abrigava o acervo do Museu de Arte do Paraná (MAP) e do extinto banco paranaense Banestado. Só em 2003 é que o espaço passou a se chamar Museu Oscar Niemeyer.
O edifício integra o Centro Cívico de Curitiba, primeiro a ser construído no Brasil, em 1953, encomendado pelo governador Bento Munhoz da Rocha como parte das homenagens ao centenário de emancipação política do Paraná. O conjunto de prédios, do arquiteto francês Alfred Agache, é parte do projeto de urbanização desenvolvido para Curitiba na década de 1950. Já a praça ao lado do museu é uma das únicas peças executadas do plano paisagístico de Burle Marx, de 1977. Hoje, a capital paranaense acumula boas referências quando o assunto é soluções urbanas bem planejadas, aliadas às suas belas paisagens.
Atrás do museu há outro ponto turístico de destaque: o Bosque João Paulo II – homenagem ao papa que visitou a cidade em 1980 –, com uma mata nativa de 300 araucárias. Fronteiriço ao bosque, há um grande gramado também conhecido como Parcão, que, aos finais de semana, recebe os mais diferentes públicos: jogadores de futebol americano, músicos, praticantes de corda bamba, tribos das mais variadas e uma infinidade de cachorros correndo de um lado para o outro. “Eu costumo vir muito a esta parte do museu e nunca havia entrado nele”, confessa Adriane Ribas, advogada, que pela primeira vez, durante o mês de aniversário do lugar, conheceu o interior do MON.
Não é raro ver diferentes manifestações artísticas acontecendo dentro, fora e ao redor do museu. Sejam grupos de adolescentes que ensaiam passos de hip-hop, sejam fotógrafos clicando ensaios artísticos ou músicos tocando seus instrumentos. Todos se conjugam no mesmo espaço. Depois de tantas idas e vindas, hoje ele cumpre a função projetada por seu criador: formar e educar, tornando o saber e a arte mais democráticos.

sábado, 22 de dezembro de 2012

ARTE BRASILEIRA DÁ LUCRO?????



Lucros inspirados

A arte brasileira dobrou de preço nos últimos cinco anos e deverá manter trajetória de valorização. Saiba como operar nesse mercado.

Por Cláudio GRADILONE
Em 2010, o Brasil era o queridinho dos investidores internacionais. Dois anos depois, essa percepção esmaeceu. Mesmo não sendo considerado hostil para o capital internacional, a capacidade do País para atrair recursos externos diminuiu. Esse fenômeno só não se registrou em alguns mercados muito específicos, e o mais notável é o das obras de arte. Ao contrário do que vem ocorrendo com as ações e mesmo com títulos de renda fixa das empresas, a demanda por obras assinadas por artistas brasileiros vem crescendo de maneira sustentável desde o início da década passada. Esse movimento de valorização não se alterou nem mesmo com a crise financeira de 2008, e nada indica que o fôlego da demanda vá arrefecer no curto prazo. 
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Adriana Varejao: artista carioca: preços em disparada e visibilidade
nas principais galerias internacionais
As cifras dos principais artistas brasileiros vivos comprovam, com números, esse movimento. Um bom exemplo é o da carioca Adriana Varejão. Até novembro, Adriana ostentava o recorde de artista brasileira mais valorizada no mundo. Uma de suas telas, Parede com incisões à Fontana II, foi leiloada por R$ 2,7 milhões na Christie’s, de Londres, em fevereiro de 2011. A venda havia desbancado o recorde anterior da também carioca Beatriz Milhazes, cuja tela O mágico foi arrematada por R$ 1,7 milhão, em 2008. No entanto, o recorde de Varejão não chegou a completar dois anos. Em novembro de 2012, Meu limão, de Beatriz, alcançou US$ 2,1 milhões ou R$ 4,3 milhões em um leilão em Nova York.
Não é correto calcular a diferença de preços e afirmar que todos os quadros brasileiros, sem exceção, valem atualmente o dobro do que custavam em 2008. No entanto, a elevação dos preços de duas das principais artistas nacionais no mercado externo mostra que o apetite dos colecionadores vai bem, obrigado. A mostra panorâmica que pretende exibir os 20 anos de carreira de Adriana, a ser inaugurada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro no próximo dia 17 de janeiro, é uma boa prova do status global que a arte nacional alcançou nos últimos anos. Algumas das obras, pertencentes a colecionadores e nunca expostas no País, virão de templos da arte moderna, como o museu Guggenheim, de Nova York, e a galeria Tate, de Londres. 
“A arte brasileira entrou de vez no espectro dos investidores internacionais”, diz a empresária canadense Louise Blouin, fundadora do portal Artinfo, uma plataforma eletrônica de divulgação de informações sobre arte, que acompanha os preços das principais obras em leilões ao redor do mundo. O dados do Artinfo mostram uma valorização consistente da arte brasileira. Tome-se, por exemplo, a pintora paulista Leda Catunda. Em 2008, o preço médio de suas obras vendidas em leilão foi R$ 19.200 (US$ 9.606), cifra que subiu 134% até 2012, para R$ 45.000 (US$ 22.450). “Além dos compradores tradicionais, europeus e americanos, os artistas brasileiros passaram a atrair a atenção dos recém-chegados a esse mercado, os colecionadores da Ásia e do Oriente Médio, sem falar, é claro, dos compradores brasileiros que acessam o mercado internacional”, diz Louise. 
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Louise Blouin, empresária canadense, fundadora do site Artinfo: "A arte brasileira está atraindo
a atenção dos colecionadores ao redor do mundo." 
Hora de aproveitar a baixa dos juros, resgatar todo o dinheiro aplicado em fundos de renda fixa e correr para a casa de leilões ou para a galeria mais próxima? Calma. Nem todos os colecionadores que investiram em artistas brasileiros podem comemorar a mesma alta de preços. Segundo os dados da Artinfo, o paulistano Vik Muniz, contemporâneo e colega de formação de Leda Catunda, viu os preços de sua produção recuarem desde a crise. Em 2008, foram vendidas 50 obras de sua autoria, a um preço médio de R$ 110 mil (US$ 54.400). Em 2012, esse valor havia caído para R$ 94 mil (US$ 47.100), uma baixa de 13%. Para garantir a transparência dos preços, a Artinfo considera apenas as vendas em leilões, sem considerar os negócios fechados no silêncio das galerias. 
A tendência é que esse fenômeno se torne cada vez mais evidente. O advogado paulista Pierre Moreau, membro do conselho diretor da Casa do Saber, de São Paulo, afirma que os ativos ligados à arte deverão manter uma trajetória de valorização. Para ele, além do enriquecimento da sociedade brasileira, que aumenta a liquidez de todos os mercados, a arte entrou no radar dos investidores. No entanto, não é possível simplesmente comparar o trabalho de Vik Muniz com as obras de Leda Catunda, como se comparam, por exemplo, ações do Bradesco e do Banco do Brasil. Ao adquirir um quadro, o investidor geralmente leva em conta elementos intangíveis, como o prazer estético de colecionar, avalia Moreau. No entanto, é possível mitigar um pouco as incertezas do mercado com alguns cuidados. 
O primeiro deles deve se dar na hora de escolher o artista. Ao decidir por uma obra, o colecionador garante não só a autenticidade como também a liquidez do investimento se fechar negócio em leilão ou através de uma galeria. A existência de um intermediário pode elevar o preço em relação à compra direta do artista, mas um bom galerista poderá dizer se a obra em questão terá ou não compradores, caso seja preciso passá-la adiante. Outra indicação, diz Moreau, é procurar obras que tenham declarações de autenticidade do próprio artista. 
Conhecidas pelo termo em inglês affidavits, essas declarações mostram não só que o autor reconhece a obra como sua, mas também quem foram seus proprietários anteriores. “Com isso, é possível acompanhar a trajetória de mercado da peça”, diz Moreau. Também é possível saber como as cotações se comportaram nas transações mais recentes e mapear a procedência e o histórico de transferência de propriedade da obra. “Quando se pensa em investir em uma obra de arte, é preciso ter em mente que essa é uma aplicação de longo prazo e sujeita a riscos”, diz Moreau. “No entanto, se o colecionador encarar sua coleção como um investimento e dedicar tempo e estudo, ele poderá obter bons resultados financeiros, além do prazer estético.” 
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MATÉRIA DA REVISTA
ISTO É / DINHEIRO Nº 794 

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

FÓRUM NACIONAL DE CULTURA / Brasília DF.


PARANAENSES PARTICIPAM DO FÓRUM NACIONAL DE CULTURA
De 13 a 15 de dezembro foram realizados em Brasília-DF os Fóruns Nacionais Setoriais com representantes das diversas manifestações culturais de todas as regiões do Brasil.
O evento teve abertura da Ministra da Cultura Marta Suplicy e participação de João Roberto Peixe, secretário de Articulação Institucional do MinC e de Antonio Grassi, presidente da Funarte.

Os Fóruns têm como objetivo a renovação do Conselho Nacional de Política Cultural – CNPC que reúne um representante de cada Colegiado Setorial, entre eles: arte digital, arquitetura e urbanismo, design, artesanato, patrimônio material, patrimônio imaterial, culturas afro-brasileiras e arquivos, artes visuais, circo, culturas populares, culturas indígenas, dança, moda, música, teatro e livro, leitura e literatura.

Do Paraná, três pessoas representaram o setor de artes visuais: Sabine Feres Stanisca Koprik (Associação Profissional dos Artistas Plásticos do Paraná), Luiz Gustavo Vardânega Vidal Pinto (Associação Profissional dos Artistas Plásticos do Paraná e Comissão de Assuntos Culturais da OAB/PR) e Denise Bandeira. Destes, todos foram eleitos membros titulares do novo Colegiado Setorial de Artes Visuais – CSAV.
Por uma questão de nomenclatura fixada pelo CNPC, Sabine Feres foi eleita pelo segmento Artístico, Luiz Gustavo Vidal pelo segmento da Produção e Denise Bandeira foi eleita pela região. 

Os titulares do Colegiado elegeram como titular de Artes Visuais do CNPC Davy Alexandrisky e Miguel Chikaoka como suplente. Toda o processo eleitoral foi acompanhado por Xico Chaves - Diretor do Centro de Artes Visuais da Funarte e também de Charles Narloch, atual representante das Artes Visuais do CNPC.

Aos 30 eleitos do Colegiados Setoriais (15 titulares e 15 suplentes) foram atribuídas uma série de funções, como discutir as políticas para cada setor, debater, analisar, acompanhar e fornecer subsídios ao plenário do Conselho para definição de políticas, diretrizes e estratégias dos respectivos setores culturais.

A relação dos eleitos sairá no Diário Oficial da União-DOU com o período do mandato de 2 anos, a partir de 2013. “O Colegiado Setorial de Artes Visuais, antiga Câmara Setorial de Artes Visuais, que tem sua trajetória iniciada em 2003,  tem como objetivo propor a formulação de políticas públicas para o desenvolvimento e o fomento das artes visuais em todo o território nacional, mas enfatizando as peculiaridades e necessidades de cada segmento, bem com de cada região do país”, declarou Luiz Gustavo Vidal. 
PARANAENSES DAS ARTES VISUAIS PARTICIPAM DO FÓRUM NACIONAL DE CULTURA

Legenda foto Marta Suplicy (Crédito: LGVidal): Na abertura do evento, a ministra destacou a aprovação do Sistema Nacional de Cultura - SNC, que vai criar bases sólidas para a implantação de políticas culturais no país.
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Informações para a imprensa: Alice Varajão jornalista – Diretora de Conteúdo
alicevarajao2010@hotmail.com (41) 3342-6229/9991-0102. 

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

CENTRO DA MÚSICA MAESTRO PAULINO MARTINS ALVES

Inaugurou hoje dia 18 de dezembro de 2012 as 18H no Complexo Cultural Jovanni Pedro Masini  o CENTRO DE MÚSICA MAESTRO PAULINO MARTINS ALVES.
Durante o evento estiveram presentes autoridades, convidados e um dos construtores que fez a chaminé das Indústrias Wagner hoje com 92 anos.


Um pouco de História sobre o Centro da Música.
A cidade de Ponta Grossa acolheu com alegria, na década de 1950, o nascimento de duas das mais importantes instituições de difusão cultural da cidade, atuantes ainda hoje, a Banda Lyra dos Campos (que veio a se chamar posteriormente Banda Escola Lyra dos Campos), fundada e, 1952, e a Orquestra Sinfônica de Ponta Grossa (hoje Orquestra Sinfônica Cidade de Ponta Grossa), fundada em 1954. Ao compositor e maestro Paulino Martins Alves, nascido na cidade de Palmeira em 14 de maio de 1893, pertence o mérito de ser membro fundador e primeiro maestro da ‘Banda Lyra dos Campos’ e da ‘Orquestra Sinfônica de Ponta Grossa’, instituições estas que estiveram sob sua regência e direção até a ocasião de seu falecimento, no ano de 1973. A “Escola de Música Tenente Paulino Martins Alves” foi criada durante a gestão do prefeito Cyro Martins, pelo decreto-lei 232/72, de 27 de julho de 1972, e tinha por objetivo a formação musical e o aperfeiçoamento dos músicos da Orquestra Sinfônica, bem como de despertar o interesse de novos aprendizes e estimular a produção musical na cidade. No ano de 1992 a escola de música teve seu nome alterado para “Conservatório Dramático Musical Maestro Paulino Martins Alves”, nome pelo qual é conhecido até hoje. Ao longo de sua história a Escola, depois Conservatório, foi crescendo e ampliando seu rol de cursos ofertados para atender um público mais amplo em suas turmas de musicalização infantil, canto, música de câmara, corais infantil e adulto, etc. Nos últimos anos o Conservatório passou por uma renovação de seu corpo docente e técnico, e reestruturação de suas práticas pedagógicas e administrativas, firmando uma promissora parceria com a FAUEPG (Fundação de Apoio à Universidade Estadual de Ponta Grossa). Agora finalmente em um prédio próprio projetado para receber todas as atividades que o Centro de Música necessita.
















































CENTRO DA MÚSICA
MAESTRO PAULINO MARTINS ALVES
Complexo Cultural Jovanni Pedro Masini
Rua dos Operários 262 Olarias
Fone (42) 3901-3038
www.maestropaulino.com.br

maestropaulino@gmail.com